Nesta semana, os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) perceberam que o sistema operacional não estava funcionando direito, pois o órgão sofreu com constantes panes, fazendo com que uma série de transtornos ocorressem. Entre eles, ter uma fila de quase dois milhões de pedidos de benefícios, gerando atrasos em pagamentos. Isso fez com que a Dataprev, empresa do governo federal responsável pelas soluções tecnológicas, corresse contra o tempo para tentar solucionar os problemas o mais rápido possível.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que isso acontece e, segundo dados do próprio INSS, fornecidos via LAI (Lei de Acesso à Informação), entre agosto de 2023 a dezembro de 2024, houve inúmeros problemas operacionais e o órgão ficou cerca de 1.466 horas fora do ar —o equivalente a mais de dois meses de interrupção nos serviços.
Entenda melhor o que aconteceu com o sistema do INSS
A Dataprev emitiu uma nota e tentou minimizar a gravidade do sistema ter ficado fora do ar mais uma vez. De acordo com o presidente da estatal, Rodrigo Assumpção, as falhas são “naturais” durante uma entrevista à Folha de S.Paulo, devido aos processos de modernização que o sistema passa frequentemente. Mas, os servidores do órgão discordam e apontam que as falhas contribuem diretamente para o aumento da fila.
Como forma de defender o sistema atual, Assumpção ainda reforçou que, apesar desses transtornos comprovados com dados, cerca de 98% do sistema funciona normalmente. “Se a gente tortura os números, eles confessam qualquer coisa. Nós estamos falando de mais de 400 sistemas diferentes, com níveis de criticidade distintos e com tempos de falha, incidência e abrangência distintos”, afirmou.
A Dataprev também usou o mesmo argumento e disse que devido às atualizações, essas oscilações são um “preço a se pagar” pelo processo de modernização dos sistemas. No entanto, o Governo Federal segue pressionando a empresa para que minimize os danos causados aos previdenciários.




