Há algum tempo está sendo discutido uma forma de impedir que o gatonet, forma popular de denominar os aparelhos que liberam sinal pirata, de funcionarem. De acordo com as últimas atualizações, a Secretaria de Segurança Pública e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vão se reunir no dia 26 de março para discutir novamente sobre o assunto, principalmente para encontrar uma maneira de controlar as operadoras de internet por facções criminosas em todo o Rio de Janeiro.
Na última terça-feira (11/03), a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) foram responsáveis por fechar uma operadora clandestina que teria ligações com o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do Complexo de Israel e da facção Terceiro Comando Puro (TCP). No entanto, essas operações ocorrem em diversos lugares do Brasil, um problema que vem ocorrendo há um bom tempo no país.
Como a TV pirata faz parte dos esquemas criminosos em facções no Rio de Janeiro
De acordo com a Anatel, existe um mapeamento feito sobre empresas ligadas a essas facções e como podem agir para cortar o sinal, para impedir que elas prosperem e se tornem a única forma de operar em certos locais do Rio, como nas zonas central e norte da capital, incluindo São Gonçalo, Nova Iguaçu e outros municípios
Segundo apuração feita pela rádio CBN, o problema do gatonet vai muito além da pirataria, pois existe uma disputa entre o Comando Vermelho (CV), o Terceiro Comando Puro (TCP) e a milícia estão para saber quem consegue distribuir mais o sinal e controlar o território com esse tipo de serviço. Para se ter uma noção sobre gastos, a secretaria descobriu que essa forma de exploração rende R$ 7 milhões mensais aos criminosos.
Não é indicado o uso de aparelhos de “gatonet” por não serem homologados e conterem softwares maliciosos que permitem o roubo de dados pessoais, como informações bancárias e senhas. Diante dos problemas sociais nas áreas periféricas do Rio de Janeiro, empresas como a Claro relataram que os técnicos correm risco de vida se forem prestar serviço em alguns locais e muitas pessoas acabam se rendendo ao uso ilegal dos aparelhos para ter internet e outros serviços digitais.