Anunciado no início de março, o Programa Crédito do Trabalhador promete facilitar a vida de trabalhadores CLT na hora de fazer um empréstimo consignado de forma mais prática e com juros mais baixos. Mas uma dúvida que ficou com muita gente é se trabalhadores inadimplentes – com o famoso “nome sujo” – vão conseguir acessar esse empréstimo.
Em entrevista ao programa de rádio “A Voz do Brasil”, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, explicou que, sim, o trabalhador CLT pode solicitar o empréstimo mesmo com o “nome sujo”. “A garantia é o salário e a folha de pagamento, já que [o empréstimo] será descontado em folha de pagamento. Então não será necessário os bancos observarem se o trabalhador tem dívida extraordinária, se está com o nome sujo”, declarou Marinho, segundo o UOL.
Segundo o último balanço do governo (via IstoÉ Dinheiro), o programa Crédito do Trabalhador já registrou mais de 55 mil contratos firmados, somando R$ 340 milhões em empréstimos.
Nem todos os bancos aderiram de cara ao novo programa de empréstimo CLT
Uma matéria da CNN Brasil explica que bancos tradicionais e fintechs maiores ainda têm uma certa cautela em relação ao novo programa. Um dos problemas é o cálculo da margem consignável. A Dataprev calcular o limite – de até 35% – a partir do salário bruto de quem solicitou o empréstimo. Porém, o mercado de crédito leva em conta o salário líquido, o que pode aumentar o risco de operação para os bancos, principalmente se eles oferecerem empréstimos em larga escala.
Entre os grandes bancos, os que já oferecem a nova modalidade de empréstimo são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Itaú.