Diante de novas tecnologias, é possível fazer novas descobertas, como ocorreu recentemente com o robô Curiosity da Nasa, que encontrou compostos orgânicos significativos em Marte, após conseguir retirar amostras de uma rocha de 3,7 bilhões de anos, coletada na Baía de Yellowknife, um antigo leito de lago marciano. No artigo publicado no dia 24 de março, no portal científico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), foi revelado a importância dessa constatação.
No local, foi revelado que um dia houve condições necessárias para a vida em um passado mais quente e úmido do planeta. Denominada “Cumberland”, a amostra tinha compostos de decano, undecano e dodecano, que indicam presença de ácidos graxos, essenciais para a vida, embora possam ser formados por processos não biológicos.
Saiba mais informações sobre a nova descoberta da Nasa em Marte
O robô Curiosity está em expedição desde 2012 e essas amostras que revelaram informações relevantes de como o planeta teve outro clima no passado foram retiradas em março de 2013. Inclusive, o Curiosity já tinha encontrado leitos de rios secos, minerais que se formam na presença de água e compostos orgânicos, indicando que Marte já teve um ambiente habitável.
Nesta última descoberta, quando os cientistas descobriram que tinham sedimentos de alcanos de cadeia longa, que são moléculas orgânicas e componentes essenciais das membranas celulares em todos os organismos vivos encontrados na Terra, estiveram mais perto de entender como Marte teve um clima totalmente diferente.
Para explicar um pouco sobre isso, a Dra. Caroline Freissinet, que liderou a pesquisa, destacou a importância de terem encontrado essas amostras, mas ressaltou que ainda não se pode afirmar que são um sinal de vida definitivo no passado: “Nosso estudo prova que, ainda hoje, analisando amostras de Marte, poderíamos detectar assinaturas químicas de vidas passadas, se já existiram em Marte.”




