O solo brasileiro é rico em diversas regiões, mas novos estudos mostraram que elementos de terras raras (ETR), um grupo de 17 elementos químicos, dos quais 15 pertencem à série dos lantanídeos na tabela periódica, mais o escândio e o ítrio. Eles são valorizados por serem matéria prima na fabricação de ímãs permanentes usados em turbinas eólicas e em motores de veículos elétricos, tecnologias fundamentais para a transição energética.
De acordo com estudos, o Brasil possui reservas significativas de ETR e apresenta condições favoráveis para desenvolver a cadeia de valor deste bem mineral. Essa descoberta é algo importante, pois segundo dados revelados pela edição 2025 do U.S. Mineral Commodity Summaries, houve uma queda de 110 milhões de toneladas (Mt), em 2023, para 90 Mt de OTR (óxidos totais de terras raras equivalente), em 2024.
Entenda melhor como esses elementos químicos são importantes como minérios
Apesar do Brasil ter 23% da reserva mundial, sua exploração ainda é incipiente, quando comparada com outros países. No ano passado, a Mineração Serra Verde começou sua operação em Minaçu-GO a partir da lixiviação de minério de argilas de adsorção iônica no qual foi usado uma solução de ETR. No entanto, em um balanço nacional, a participação do país é de apenas 1% da produção de terras raras, em contraste com sua significativa participação de 23% nas reservas mundiais.
Por ser um mercado próspero, em janeiro deste ano foi lançada pelos BNDES e FINEP, no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB), a “Chamada Pública de Planos de Negócios para Investimentos em Transformação de Minerais Estratégicos”, no qual foi liberado R$ 5 bilhões em recursos, como forma incentivo para a produção à base desses elementos químicos.