Com a chegada do outono e a previsão do aumento nos casos de gripe, o alerta está dado: não tome a vacina antes de entender qual é a mais indicada para o seu caso. A campanha de vacinação contra a Influenza começou oficialmente no dia 7 de abril de 2025, mas o Ministério da Saúde já autorizou estados e municípios a iniciarem a aplicação assim que receberem os imunizantes.
Este ano, a estratégia é reforçada com doses disponíveis durante todo o ano para o público prioritário e novidades que podem passar despercebidas — inclusive o tipo de vacina ofertado.
Trivalente ou tetravalente?
Você já deve ter ouvido falar que existe mais de uma versão da vacina contra a gripe — e isso é verdade. A vacina trivalente, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra três cepas do vírus Influenza: H1N1, H3N2 e um tipo de Influenza B. Já a tetravalente, disponível apenas em clínicas privadas, amplia a proteção com a adição de uma segunda cepa do tipo B.
Ambas são eficazes e seguras, com reações leves como dor no local da aplicação ou febre baixa, mas quem deseja uma cobertura mais abrangente pode optar pela versão particular, mediante recomendação médica.

Quem deve se vacinar?
A vacina contra a gripe é indicada para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade. No entanto, a prioridade continua sendo os grupos com maior risco de desenvolver complicações. Em 2025, o Ministério da Saúde pretende imunizar 90% de um público-alvo estimado em mais de 81 milhões de pessoas, distribuindo mais de 73 milhões de doses em todo o Brasil. Confira quem está no grupo prioritário:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- Gestantes, puérperas e idosos a partir dos 60 anos
- Pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Profissionais da saúde, educação, transporte, segurança e Forças Armadas
- Povos indígenas e população em situação de rua
- Caminhoneiros, trabalhadores portuários e do transporte coletivo
- Pessoas privadas de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas
Além disso, o governo ajustou o calendário de vacinação para regiões com características climáticas distintas. O Norte, por exemplo, recebe as doses no segundo semestre, acompanhando o chamado “inverno amazônico”, quando a circulação viral é mais intensa.
Por que a vacina é tão importante?
A gripe pode parecer inofensiva, mas está longe de ser. Casos graves de Influenza podem evoluir para pneumonia, internações e até morte — especialmente em pessoas mais vulneráveis. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina reduz em até 70% o risco de complicações graves e óbitos. Além disso, o imunizante de 2025 é atualizado com as cepas mais recentes do vírus e pode ser administrado junto a outras vacinas do Calendário Nacional.
Mesmo quem já teve gripe recentemente ou está gripado no momento deve ficar atento: é necessário adiar a vacinação apenas se houver febre alta ou sintomas intensos. E atenção às contraindicações: pessoas com histórico de reação alérgica grave a doses anteriores ou a componentes da vacina, como ovo ou látex, não devem se vacinar sem orientação médica.
Em 2024, a cobertura vacinal ficou abaixo da meta, com apenas 55,19% das pessoas vacinadas fora da região Norte — que registrou uma taxa ainda menor, de 48,89%. Por isso, o Ministério da Saúde reforça que vacinar-se é um ato de cuidado coletivo. Ao se proteger contra a gripe, você também protege quem está ao seu redor, reduzindo a circulação do vírus e prevenindo surtos.
Portanto, antes de ir ao posto ou à clínica, informe-se, escolha a vacina mais adequada para você e ajude a construir um escudo de proteção em sua comunidade.