Nesta quarta-feira (23), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União começaram a Operação Sem Desconto, com o objetivo de investigar um esquema nacional de corrupção no INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.
“As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS”, explica o site da Polícia Federal. Entre 2019 e 2024, a estimativa é que o esquema tenha cobrado cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e penionistas.
Só nesta quarta, a operação expediu 211 mandados judiciais de busca de apreensão, ordens de sequestro de bens e mandatos de prisão temporária nos seguintes estados:
- Alagoas;
- Amazonas;
- Ceará;
- Goiás;
- Maranhão;
- Mato Grosso do Sul;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Pernambuco;
- Rio Grande do Norte;
- Rio Grande do Sul;
- São Paulo;
- Sergipe;
- Distrito Federal.
Segundo a PF, os investigados podem respondem pelos crimes de:
- Corrupção ativa e passiva;
- Violação de sigilo funcional;
- Falsificação de documento;
- Organização criminosa;
- Lavagem de capitais.
Presidente do INSS é afastado em meio à operação
No meio de toda essa investigação, Alessandro Stefanutto, que era presidente do INSS desde julho de 2023, foi afastado do cargo. Em coletiva de imprensa, o Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski explicou que eles ainda não sabem qual a participação de cada agente no esquema.
O que nós temos, por enquanto, é um afastamento cautelar determinado pela Justiça de determinados servidores do INSS, da cúpula do INSS”, afirmou o ministro, segundo o UOL. Além de Stefanutto, mais cinco servidores foram afastados:
- Diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS;
- Chefe da procuradoria federal especializada do INSS;
- Coordenador-geral de suporte ao atendimento ao cliente do INSS;
- Coordenador-geral de pagamentos e benefícios do INSS;
- Um policial federal.
Os nomes não foram divulgados.