O óleo de cozinha baseado em alguma semente – soja, por exemplo – é um alimento onipresente na cozinha dos brasileiros, sendo muito usado no preparo de refeições. Porém, um estudo recente da Weill Cornell Medicina aponta que uma gordura presente nesses óleos pode estimular um câncer agressivo.
A pesquisa realizada nos Estados Unidos encontrou uma ligação entre o ácido linoleico e um risco maior de desenvolver o tipo mais agressivo do câncer de mama: o triplo negativo. Esse ácida é um tipo de gordura encontrada em óleos vegetais, de sementes e nozes. “Agora sabemos que o ácido linoleico estimula o crescimento de células cancerígenas de uma maneira muito específica”, afirma o autor principal do estudo, John Blenis, segundo o ND+.
Esse estudo mais recente conversa com pesquisas anteriores, que apontam que o consumo excessivo ultraprocessados ricos em óleo pode ser um dos responsáveis pelo aumento dos casos de câncer colorretal em pacientes com menos de 50 anos.
“Os níveis dos lipídios ômega 6, que tem um perfil mais inflamatório, na gordura corporal humana cresceram dramaticamente dos anos 1950 até hoje. E isso provavelmente é por causa de mudanças na dieta ocidental. E se você vai olhar que mudanças foram essas, bem, foram principalmente os alimentos ultraprocessados”, declarou um dos autores à revista Scientific American.
“Então eu preciso cortar esse alimento da minha vida?”
Calma. O pesquisador John Blenis enfatiza que a recomendação da pesquisa não é cortar totalmente esses óleos da sua alimentação, mas, sim, moderar o consumo. “De fato, uma quantidade pequena desses tipos de gordura ajuda nossos corpos a absorverem algumas vitaminas”, afirma publicação do Cancer Council, da Austrália. Além disso também é importante equilibrar o consumo desses óleos com o de outras gorduras mais saudáveis, como o ômega-3, encontrado em peixes e azeite de oliva.