Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira (25) em Maceió. O então também ex-senador, se tornou o terceiro presidente da República a ser preso, desde a redemocratização. De acordo com a defesa de Collor, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para Brasília.
Anteriormente, quem também passou pela prisão foi o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua condenação em 2018, em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Lula havia sido o primeiro ex-chefe do Executivo a ser preso, pois o petista foi condenado pelo ex-juiz e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR), mas em novembro de 2019 foi solto. Em seguida, foi a vez de Michel Temer (MDB), que também fez parte da força tarefa da Lava Jato.
Vale ressaltar que, segue em tramitação o nome de Jair Bolsonaro (PL), que está sendo acusado pela PGR por ter feito parte da organização da tentativa de golpe entre o fim de 2022 e o começo de 2023. Caso seja condenado, poderá ser o 4° presidente a ser preso.
Entenda como Fernando Collor foi preso
A pena que Fernando Collor deve cumprir é de oito anos e dez meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora. Durante esta sexta-feira, o STF julgou a manutenção da prisão e o placar ficou em 4 a 0 a favor da prisão, com votos de Flávio Dino, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, além do voto do relator, o próprio Alexandre Moraes.
Após ser condenado em 2023, a defesa do ex-presidente apresentou diversos recursos para impedir a sua sentença, mas na noite de quinta-feira (24/04), Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa, por considerá-lo meramente protelatório, e determinou a prisão imediata do ex-mandatário.
Como foi o mandato de Fernando Collor
Fernando Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 15 de março de 1990 e 29 de dezembro de 1992, sendo o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar. Em 1992, Collor foi acusado de corrupção e envolvimento em um esquema comandado por seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, mais conhecido como PC Farias. Diante da forte forte pressão popular (como os protestos dos caras-pintadas), a Câmara dos Deputados aprovou seu impeachment.




