Com os avanços da tecnologia, a ciência está conseguindo desenvolver uma série de inovações e, doenças que pareciam incuráveis, estão ganhando novas perspectivas, como no caso do Alzheimer. A novidade é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Kisunla (donanemab), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo para pessoas com diagnóstico leve ou/e demência, para adultos portadores do gene da apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4).
Com resultados promissores, o medicamento estará disponível para comercialização em todo o país, mas dentro das indicações e limites aprovados pela agência. Após ter sido aprovado pela FDA, Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, desde julho de 2024, a Anvisa analisou a composição e permitiu que o Brasil também entrasse na lista.
Saiba mais detalhes do novo medicamento para Alzheimer
De acordo com a fabricante, os resultados são promissores, visto que após as injeções da droga, houve uma diminuição de 61% das placas amiloides – que destroem neurônios quando acumuladas em excesso – durante um período de seis meses de tratamento. Com o passar dos meses, houve ainda mais progresso, com 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses.
Além desses resultados positivos, o medicamento também se mostrou eficaz por retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% (em comparação com placebo) durante 18 meses de tratamento. O nome Kisunla (donanemabe), se dá por ser um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide, no qual reage no Alzheimer por ser uma doença que acumula proteína beta-amiloide e formam placas no cérebro. Dessa maneira, os cientistas desenvolveram uma maneira de fazer com que a droga atue ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença.