Em centenas e centenas de anos de existência da Igreja Católica, uma coisa é uma constante: o fato das mulheres não terem acesso às posições de maior poder na hierarquia religiosa, incluindo, mas não somente ela, a de papa. Afinal, por que não existem cardeais, papas, padres (ou seria madres?) mulheres?
O Código de Direito Canônico da Igreja Católica, no Cânon 1024, estabelece que apenas homens batizados podem ser padres. E, como padre é o primeiro passo na hierarquia de poder da igreja, isso faz com que as mulheres não tenham acesso a parte alguma dessa hierarquia.
A Igreja Católica justifica essa decisão de receber apenas homens no sacerdócio com o fato de que, segundo a Bíblia, Jesus teria escolhido 12 homens como apóstolos. “Ou seja, a dedução seria que, segundo a vontade de Jesus Cristo, tais cargos devem ser ocupados somente por homens – e toda a estrutura hierárquica da Igreja é baseada nessa tradição histórica”, explica a CNN Brasil.
O Papa Francisco, que colocou em prática várias reformas progressistas na Igreja, ampliou a presença de mulheres em cargos de liderança e de “segundo em comando” no Vaticano.
Existiu alguma mulher que se tornou papa?
Por incrível que pareça, a resposta para essa pergunta é um tanto quanto complicada. Na Idade Média, surgiram crônicas sobre a Papisa Joana, uma mulher que, fingindo ser homem, teria subido na hierarquia católica até se tornar líder da Igreja Católica, sob o nome João, entre os anos de 855 e 857. Um dia, ao passar mal durante uma procissão, a papisa teria caído entre o povo e dado à luz. Os relatos divergem se ela teria sido ou executada, mas afirmam que o nome da papisa teria sido removido de todos os documentos da Igreja.
A maioria dos historiadores acredita que a história não passa de uma lenda, mas já existem dúvidas, trazendo por exemplo evidências de moedas da época cunhadas com um monograma de um Papa João.
			
                


