Há bilhões de anos, antes do que ficou conhecido como o Grande Evento de Oxidação, a atmosfera da Terra primitiva não tinha oxigênio o bastante para permitir a existência de formas de vida mais complexas. E, como em um ciclo, parece que esse é o futuro do nosso planeta daqui a muitos e muitos anos.
Pesquisadores da Universidade Toho, no Japão, e do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, utilizaram um modelo computacional para tentar prever como atmosfera do planeta irá se transformar pelos próximos anos. Segundo os resultados desse estudo, o oxigênio na nossa atmosfera vai terminar, tornando a Terra inabitável para a maioria das formas de vida – incluindo nós, humanos.
Publicado na revista científica Nature Geoscience, o estudo realizou mais de 400 mil simulações e concluiu que o oxigênio da atmosfera “só” vai existir por cerca de 1,08 bilhão de anos – com uma margem de erro de 0,14 bilhão de anos. Ou seja: pode anotar aí na agenda: o fim da vida na Terra como a conhecemos será por volta de 1.000.002.021.
Por que o oxigênio da atmosfera da Terra vai acabar?
Como repercutiu o R7, os cientistas aponta que “o aumento constante do brilho solar e mudanças no ciclo geoquímico do carbono-silicato levarão a uma redução nos níveis de dióxido de carbono (CO2), essencial para a fotossíntese, e, consequentemente, à queda do oxigênio”.
A previsão não é um grande desastre. A desoxigenação da atmosfera será causada por processos naturais inevitáveis: o aumento dos fluxos solares, que não pode ser evitado. “Por muitos anos, discutiu-se a expectativa de vida da biosfera terrestre com base no brilho do Sol e no ciclo do carbono. A combinação de superaquecimento e escassez de CO2 para a fotossíntese levará ao declínio do oxigênio em escalas de tempo geológicas”, comentou o pesquisador Kazumi Ozaki à BBC.




