Enquanto a inflação segue pressionando o bolso dos brasileiros, com destaque para a alta dos alimentos, o governo federal avança com um projeto de modernização do sistema financeiro: o Drex, a nova moeda digital brasileira. Desenvolvido pelo Banco Central, o Drex é uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou seja, uma versão digital oficial do Real, com lançamento previsto para os próximos anos.
A criação do Drex ocorre em um contexto de inflação ainda elevada. O IPCA acumulado de 2025 está projetado em 5,51%, segundo dados divulgados em 12 de maio pelo próprio Banco Central, bem acima da meta oficial de 3,0%. Embora o cenário mostre leve recuo nas projeções, os preços dos alimentos continuam pressionando o orçamento familiar, sem perspectiva de alívio no curto prazo.
Apesar da coincidência temporal, a nova moeda digital não tem relação com o controle inflacionário, mas sim com a digitalização da economia brasileira. O Drex será emitido pelo Banco Central e distribuído por instituições financeiras autorizadas, como bancos e fintechs. A moeda poderá ser usada para pagamentos cotidianos, contratos inteligentes, compras de bens e até movimentações com ativos digitais, operando por meio de carteiras digitais.
Nova moeda digital busca ampliar eficiência econômica
Assim como o Pix e o Open Finance, o Drex representa um passo importante rumo à modernização do sistema financeiro, com promessas de mais agilidade, segurança e eficiência nas transações. A tecnologia utilizada é baseada em DLT (Distributed Ledger Technology), semelhante ao blockchain, o que garante rastreabilidade e transparência.

Diferente das criptomoedas, o Drex será totalmente regulado pelo Estado, mantendo características típicas de uma moeda soberana. Ele também será interoperável com o Pix, possibilitando pagamentos programáveis e automatizados, algo inédito na infraestrutura atual.
Com mais de 60 países desenvolvendo suas próprias moedas digitais, o Brasil se posiciona entre os líderes globais na transformação digital do sistema financeiro. O projeto, que está em fase piloto desde março de 2023, deverá ter sua implementação ampliada gradualmente, à medida que mais funcionalidades forem sendo liberadas para o público.




