Stephen Hawking foi mais do que um dos maiores físicos teóricos do século XX — ele foi um símbolo de superação humana, genialidade e impacto cultural. Diagnosticado aos 21 anos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma condição degenerativa rara, Hawking desafiou todas as probabilidades ao viver mais de 50 anos após o diagnóstico e se tornar um dos nomes mais respeitados da ciência moderna.
Autor do best-seller Uma Breve História do Tempo, Hawking conquistou o mundo com seu pensamento revolucionário sobre buracos negros, cosmologia e as origens do universo. Foi agraciado com prêmios como a Medalha Copley, o Prêmio Wolf e a Medalha Presidencial da Liberdade dos EUA, além de ocupar a prestigiosa cadeira de Matemática Lucasiana em Cambridge — a mesma que pertenceu a Isaac Newton.
Quando faleceu em 14 de março de 2018, aos 76 anos, ele não apenas deixou um legado científico imensurável, mas também uma herança material que surpreende até mesmo seus admiradores mais fiéis.
Fortuna milionária e testamento assinado com o polegar
Segundo registros oficiais, Stephen Hawking deixou uma fortuna estimada em £16,3 milhões (cerca de R$ 105 milhões). Incapaz de assinar com a mão devido à progressão da ELA, ele usou seu polegar para validar legalmente o testamento, assinado em 2007.
O documento de 13 páginas direciona a maior parte de sua riqueza a um fundo fiduciário para seus três filhos — Robert, Lucy e Timothy — e seus netos. Mais do que dinheiro, Hawking deixou também objetos pessoais com valor simbólico inestimável: Robert herdou um relógio, Timothy uma estante giratória de livros e Lucy uma escrivaninha antiga.

Seus prêmios acadêmicos, 13 doutorados honorários e medalhas — incluindo a prestigiosa Companion of Honour e a Medalha Presidencial da Liberdade — foram divididos entre os filhos. A fiel assistente pessoal Judith Croasdell, que trabalhou com ele por décadas, recebeu um presente especial: £10 mil em reconhecimento por sua dedicação.
Legado além da ciência: cultura, cinema e eternidade
A história de Stephen Hawking chegou às telas do cinema em 2014, com o filme A Teoria de Tudo. O longa foi um sucesso de bilheteria e crítica, rendendo ao ator Eddie Redmayne o Oscar de Melhor Ator por sua interpretação emocionante do físico.
Mesmo com sua fama internacional, Hawking manteve posições firmes sobre temas complexos como religião, afirmando que “religião é uma fábula para pessoas com medo do escuro”.
Após sua morte, suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster, no “Esquina dos Cientistas”, ao lado de gigantes como Isaac Newton e Charles Darwin — um reconhecimento final à grandiosidade de sua contribuição ao conhecimento humano.