O Esporte Clube Bahia passou a integrar, em 2023, um dos projetos mais ambiciosos do futebol global. Com a venda de 90% de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Grupo City, o tradicional clube baiano iniciou uma transformação sem precedentes, capitaneada pelo bilionário sheik Mansour Bin Zayed Al Nahyan — figura influente no esporte mundial, acionista da Ferrari e dono do Manchester City, campeão da Europa.
O investimento, que já ultrapassou R$ 380 milhões no primeiro ano, poderá chegar a R$ 1 bilhão até 2025, segundo previsão da holding. A entrada do Bahia no portfólio do conglomerado árabe marca a chegada definitiva do modelo de gestão globalizada ao futebol brasileiro.
O Grupo City tem presença em quatro continentes, com clubes como o Manchester City (Inglaterra), New York City FC (EUA), Melbourne City FC (Austrália) e Yokohama F. Marinos (Japão). A estrutura compartilhada entre esses times permite intercâmbio de tecnologia, conhecimento técnico, práticas de gestão e talentos.
No Brasil, o Bahia se torna o representante da holding, ganhando visibilidade internacional e acesso a um modelo vencedor. Fundado em 1931, o clube agora mira novos títulos com uma estrutura renovada e o respaldo de uma das maiores fortunas do esporte. Mansour, que também é vice-primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos e membro do alto escalão do setor de energia, possui fortuna estimada em R$ 126 bilhões, o que dá fôlego ao projeto.

Investimento em estrutura e impacto social são pilares do novo projeto
O plano de investimento prevê a modernização completa da infraestrutura do clube, melhoria nos métodos de treinamento, contratações estratégicas e ações sociais na comunidade local. Além disso, o Bahia passa a contar com estratégias comerciais de alcance global, que podem atrair novos patrocinadores e expandir sua base de torcedores fora do Brasil.
O impacto da chegada do Grupo City já desperta reações no futebol brasileiro. Clubes como o Botafogo demonstraram preocupação com um possível desequilíbrio competitivo, diante das cifras envolvidas.
A compra do Bahia por um grupo que também tem participação na Ferrari e controla clubes campeões ao redor do mundo marca um novo momento no futebol nacional, que passa a lidar com os efeitos diretos da globalização financeira no esporte.




