A expansão da Starlink no Brasil tem despertado o interesse de consumidores que buscam alternativas à internet de fibra óptica, especialmente em regiões onde a infraestrutura tradicional não chega. Com quase 7 mil satélites em órbita baixa e novos modelos de antena lançados no país, o serviço da SpaceX promete conexão rápida e estável mesmo nos locais mais remotos.
Um dos principais atrativos é justamente essa abrangência. Enquanto a fibra óptica cobre grande parte das zonas urbanas, a internet via satélite é uma solução eficaz para áreas rurais e regiões de difícil acesso, onde a rede cabeada não alcança.
Apesar da popularização da Starlink, a fibra óptica continua sendo a tecnologia preferida nas áreas urbanas. Com velocidades que variam entre 600 e 700 Mbps no Brasil — superiores às médias de muitos países —, ela oferece conexões mais rápidas e estáveis a preços competitivos.
Fibra óptica ainda domina nas cidades
A ampla oferta de operadoras e planos acessíveis torna a fibra a melhor escolha para quem vive em centros urbanos e busca desempenho de alto nível para streaming, jogos online ou trabalho remoto intensivo.
Em 2025, a Starlink lançou no Brasil a Starlink Mini, uma antena portátil de apenas 900 gramas e tamanho compacto (30 x 25 x 3,8 cm). Com roteador embutido e capacidade para até 128 dispositivos via Wi-Fi, ela foi projetada para ambientes extremos e situações de mobilidade — como fazendas, embarcações e veículos em movimento.
O equipamento é resistente à água e poeira (certificação IP67), suporta temperaturas de –30°C a 50°C e cobre uma área de 112 m², com velocidades superiores a 100 Mbps em regiões isoladas. O preço é R$ 1.799 à vista ou 12 parcelas de R$ 150, tornando-a acessível para o público que precisa de conexão fora do padrão urbano.
A Starlink Mini oferece dois planos principais:
- Plano Viagem: 50 GB mensais por R$ 315
- Plano Ilimitado: uso sem restrições por R$ 576 mensais
Ambos os pacotes têm cobertura nacional e funcionam até em veículos em movimento a até 160 km/h. Comparando com a fibra óptica — que oferece mais velocidade por cerca de R$ 100 mensais —, o serviço via satélite é mais caro, mas justificado pela mobilidade e cobertura diferenciada.
Limitações e críticas ao modelo via satélite
Apesar das vantagens, os modelos da Starlink enfrenta desafios. Entre as preocupações estão:
- Questões regulatórias: apreensão de antenas não homologadas em áreas indígenas
- Soberania digital: receio sobre o controle da infraestrutura por uma empresa estrangeira
- Expansão acelerada: a constelação de satélites autorizada pela Anatel saltou de 4.400 para 11.900