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Robôs encontram evidências de vida passada em Marte, dizem cientistas

Por Pedro Silvini
07/06/2025
Em Geral
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Rover Opportunity em Marte

(Reprodução/NASA)

Pesquisadores da NASA e de outras agências espaciais estão cada vez mais perto de desvendar um dos maiores mistérios da ciência: Marte já abrigou vida? Embora não haja confirmação definitiva, robôs exploratórios que atuam na superfície do planeta vermelho encontraram fortes evidências que sugerem essa possibilidade.

As descobertas mais recentes envolvem compostos orgânicos, minerais ricos em carbono e marcas geológicas que indicam que, no passado, Marte pode ter tido um ambiente habitável — com água líquida, temperaturas mais amenas e uma atmosfera mais espessa que a atual.

O rover Perseverance, um dos mais avançados da NASA, detectou moléculas orgânicas na cratera Jezero — local onde já existiu um antigo lago. Essas moléculas são compostos baseados em carbono, um elemento essencial para a vida como a conhecemos. No entanto, os cientistas alertam que tais compostos também podem ter origem não biológica, como reações químicas naturais no solo marciano.

“Encontrar compostos orgânicos é animador, mas ainda não é prova de vida. Precisamos analisar amostras mais detalhadamente, o que só será possível com missões futuras que tragam material de Marte para a Terra”, explicam os pesquisadores.

Vídeo do estudo em Marte completo (Reprodução/Youtube/NASA JET)

Minerais indicam ciclo de carbono antigo em Marte

Estudos geológicos recentes publicados em abril de 2025 revelaram a presença de minerais carbonáticos, como a siderita, detectados pelo rover Curiosity na cratera Gale. Esses minerais contêm dióxido de carbono (CO₂) e indicam que o planeta já teve uma atmosfera rica nesse gás, capaz de reter calor e manter água líquida em sua superfície.

Além disso, foram identificados sinais de ciclos de carbono, o que sugere interações complexas entre atmosfera, água e rochas — um pré-requisito importante para a existência de vida microbiana.

Rover Curiosity em Marte (Reprodução/NASA)

Marte é hoje um planeta frio, seco e com uma atmosfera extremamente rarefeita, composta quase inteiramente por CO₂. Mas imagens de satélites e dados dos rovers mostram vestígios de antigos leitos de rios, lagos e deltas, indicando que o planeta teve água em estado líquido no passado.

De acordo com astrobiólogos, para que um ambiente seja considerado potencialmente habitável, ele precisa conter:

  • Água líquida;
  • Elementos químicos essenciais (C, H, N, O, P, S);
  • Fonte de energia;
  • Condições moderadas (nem muito ácidas, nem extremamente quentes ou salinas).

Segundo essas diretrizes, Marte atendeu a vários desses critérios em seu passado remoto, especialmente durante os períodos mais antigos de sua formação.

O papel dos robôs: de Sojourner a Perseverance

Desde 1997, a NASA tem enviado robôs exploratórios para Marte. A missão mais longa até agora foi a do rover Opportunity, que operou por 14 anos e meio, mesmo tendo sido projetado para apenas 90 dias. Junto com seu “irmão gêmeo”, o Spirit, e posteriormente com o Curiosity e o Perseverance, esses robôs ajudaram a mapear o solo marciano, analisar rochas, coletar dados atmosféricos e identificar sinais de processos químicos antigos.

Além de sua longevidade impressionante, Opportunity deixou um legado valioso de dados que continuam sendo analisados até hoje e abriram caminho para novas investigações sobre a possibilidade de vida.

Cientistas agora concentram esforços em missões futuras que vão coletar amostras do solo de Marte e trazê-las de volta à Terra, onde será possível realizar análises mais profundas e definitivas sobre a presença de biossinaturas — sinais químicos ou estruturais que podem indicar a existência de vida no passado.

Embora ainda não seja possível afirmar com certeza que Marte já abrigou vida, as evidências acumuladas apontam para um cenário cada vez mais plausível.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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