Milhares de famílias brasileiras foram surpreendidas em 2025 com o cancelamento inesperado do Bolsa Família. O motivo principal é a intensificação do processo de averiguação cadastral, conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). A ação tem como objetivo identificar inconsistências no Cadastro Único (CadÚnico) e garantir que o benefício seja destinado apenas a quem realmente atende aos critérios do programa.
O governo federal tem utilizado cruzamento de dados com órgãos como Receita Federal e INSS para identificar possíveis fraudes ou informações desatualizadas. Essa digitalização tornou o processo mais eficaz, permitindo maior rigor na concessão e manutenção do benefício.
Se seu benefício foi cancelado, é possível reverter a situação, mas é necessário agir rapidamente. Veja o passo a passo:
- Procure o setor do Cadastro Único da sua cidade, geralmente localizado no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social);
- Leve toda a documentação necessária:
- Documentos pessoais (RG, CPF, título de eleitor);
- Comprovante de endereço;
- Comprovantes de renda de todos os membros da família;
- Declaração escolar, se houver crianças e adolescentes.
O processo de reanálise pode levar até 30 dias, e, caso o benefício seja reativado, os valores retroativos podem ser pagos.
Por que seu benefício pode ter sido cortado?
Os principais motivos para o cancelamento do Bolsa Família incluem:
- Dados desatualizados no CadÚnico;
- Renda per capita acima de R$ 218 por pessoa;
- Número de moradores informado de forma incorreta;
- Trabalho informal não declarado;
- Descumprimento das regras do programa, como falta de vacinação, baixa frequência escolar e ausência de acompanhamento pré-natal em gestantes;
- Informações falsas ou omissões no cadastro.
Em maio de 2025, a maior parte dos cortes atingiu os beneficiários do grupo público 3, que já haviam sido notificados previamente para atualizar seus dados e não o fizeram.
Desde a retomada do programa em 2023, o governo implementou a Regra de Proteção, que garante o pagamento parcial do benefício a famílias que tiveram um pequeno aumento de renda, desde que o valor não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa.
Atualmente, mais de 2,5 milhões de famílias estão nessa condição, recebendo 50% do valor original do Bolsa Família por até 24 meses.