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A cidade favorita dos russos no Brasil: praias paradisíacas e paisagens de tirar o fôlego

Por Pedro Silvini
16/09/2025
Em Geral
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Cidade Florianopolis

As águas cristalinas e a tranquilidade de Florianópolis atraem milhares de turistas todos os anos. Mas, entre os visitantes que chegam à capital catarinense, há um grupo crescente com um objetivo bastante específico: ter filhos em solo brasileiro. A prática, conhecida como “turismo de parto”, se expandiu entre russas, ucranianas e mulheres de outros países da antiga União Soviética, especialmente desde o início da guerra na Ucrânia.

O interesse está diretamente ligado à legislação brasileira. Pelo princípio do jus soli, todo bebê nascido no Brasil é automaticamente cidadão. Isso significa que, além do acesso gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS) — que cobre desde exames até o parto —, a criança recebe um passaporte que permite entrada sem visto em mais de 150 países, 29 posições acima do passaporte russo no ranking Henley Passport Index.

Para os pais, o benefício também é considerável: eles recebem autorização imediata de residência e, após um ano vivendo no país, podem solicitar a naturalização. “O passaporte brasileiro abre muito mais portas do que o russo. O turismo de parto virou estratégia para ampliar oportunidades de deslocamento internacional”, explica a socióloga Svetlana Ruseishvili, da UFSCar, que estuda o fenômeno.

Florianópolis no centro da rota

Embora cidades como São Paulo, Curitiba e Paraty também estejam no mapa dessas famílias, Florianópolis é considerada o destino preferido. O motivo: segurança, qualidade da rede hospitalar e custo relativamente baixo dos pacotes. Agências especializadas oferecem serviços que vão de simples assessoria documental a pacotes VIP, que incluem motorista particular, aluguel de imóveis mobiliados, aulas de português e até sessões de fotos.

No Hospital Universitário da UFSC, pelo menos 19 partos de mulheres russas foram registrados desde 2014. A movimentação chamou atenção do Ministério Público, que chegou a investigar possíveis casos de tráfico de crianças em 2019. A Polícia Federal, no entanto, não encontrou indícios de irregularidades.

Guerra e incertezas aceleram movimento

Segundo Olga Aliokhina Alves, sócia da Brazilmama, agência que atende famílias russófonas, a guerra na Ucrânia intensificou a procura. “Com o isolamento da Rússia, muita gente busca alternativas para garantir um futuro melhor aos filhos. Antes, a maioria voltava após o parto. Agora, muitos decidem ficar no Brasil”, afirma.

Enquanto países como a Argentina já apertaram regras para conter a prática, o Brasil mantém uma legislação que segue atraindo estrangeiros em busca do chamado “capital migratório”. Para Florianópolis, o fenômeno reforça sua imagem de destino paradisíaco — mas, para centenas de famílias russas, representa sobretudo uma porta de saída em tempos de incerteza.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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