Conhecidos por suas viagens ousadas e batalhas históricas, os vikings agora despertam interesse por outro aspecto: a alimentação. A chamada “dieta viking” ou “dieta nórdica”, baseada no que os povos escandinavos consumiam entre os séculos 8 e 11, está sendo revisitada por nutricionistas e entusiastas da vida saudável.
Rica em peixes gordurosos, grãos integrais, vegetais e frutas silvestres, ela é associada a benefícios como melhora da saúde cardiovascular, equilíbrio energético e redução do risco de doenças crônicas. No entanto, especialistas alertam que seguir à risca o cardápio dos antigos guerreiros pode trazer riscos e não é adequado para todos.
O que comiam os vikings
O clima frio e a geografia moldaram a dieta nórdica tradicional. Os vikings consumiam:
- Peixes gordurosos como salmão, arenque e cavala, ricos em ômega-3
- Carnes de cordeiro, porco, aves e caça, geralmente cozidas ou defumadas
- Grãos integrais como centeio, cevada, aveia e trigo-sarraceno
- Vegetais como repolho, cenoura, nabo e beterraba
- Frutas silvestres como mirtilo, framboesa e amora
- Laticínios como queijo, leite e manteiga
- Oleaginosas e mel como adoçante natural
As refeições eram preparadas de forma simples, em ensopados, assados ou fervuras, preservando sabor e valor nutricional.
Segundo a nutricionista Edwina Raj, do hospital Aster CMI (Bangalore, Índia), o padrão alimentar nórdico valoriza alimentos frescos, sazonais e pouco processados, combinando fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis. Estudos indicam que ele contribui para:
- Saúde cardiovascular (graças ao ômega-3 e fibras)
- Boa digestão (pela presença de prebióticos e probióticos naturais)
- Controle de peso (devido à saciedade proporcionada por grãos e proteínas magras)
Pesquisas recentes também associam a dieta nórdica a melhor equilíbrio de vitaminas e minerais e menor consumo de sódio em comparação a padrões ocidentais.
Os riscos de comer como um viking
Apesar dos pontos positivos, replicar a dieta viking original pode gerar problemas:
- Excesso de gordura saturada: o consumo elevado de carnes gordas, comum no passado, pode aumentar o risco cardiovascular hoje.
- Sódio alto: técnicas de conservação à base de sal não são indicadas no contexto atual.
- Álcool em excesso: cerveja e hidromel eram consumidos até por crianças, mas hoje representam risco de dependência e prejuízos à saúde.
Além disso, a dieta pode ser cara ou inviável em regiões onde peixes frescos, frutas silvestres e carnes de qualidade são difíceis de encontrar.