No início do ano, uma Amorphophallus titanum, popularmente conhecida como “flor-cadáver”, floresceu em Sydney, na Austrália, pela primeira vez em anos, atraindo uma multidão de espectadores curiosos para o Royal Botanic Garden. O nome popular de “flor-cadáver” faz jus à planta, que entrou para o Guiness, o “livro dos recordes”, como “a planta mais fedida do mundo”.
A planta emite um odor intenso de carne podre, capaz de se espalhar por um raio de até 800 metros de distância, segundo a Superinteressante. Esse “aroma” atrai polinizadores, como moscas e besouros loucos. O cheiro que ela emite fica mais forte no fim da tarde, atingindo seu pico no meio da noite – uma versão muito mais fedorenta da Dama-da-Noite (Cestrum nocturnum).
O cientista chefe do jardim botânico de Sydney, Brett Summerell, comparou o “aroma” da planta a cheiro de um gambá morto no telhado da sua casa. “Eu literalmente tive a mesma experiência desta flor florescendo e um gambá no telhado do escritório ali, e eles têm um cheiro muito parecido”, comentou, segundo a CNN Brasil.
E ser a mais fedorenta não é o único recorde dela. Essa planta também é uma das maiores do mundo, podendo alcançar quase três metros de altura e 1,5 metro de diâmetro. Ela floresce a cada dois a oito anos, desabrochando cerca de três vezes durante sua vida, e seu período de florescimento dura por apenas 24 horas, o que explica a enorme curiosidade de muitas pessoas para sentir o seu fedor.
A “flor-cadáver” está em risco de extinção
Essa espécie só cresce naturalmente na Ilha de Sumatra, na Indonésia, e está em risco de extinção. Segundo a Superinteressante, acredita-se que existam menos de mil espécimes da planta na natureza. Vários jardins e universidades ao redor do mundo cultivam essa planta, preservando a espécie. No Brasil, você pode encontrar a flor-cadáver lá no Instituto Butantan, em São Paulo, ou no Instituto Inhotim, em Minas Gerais.