O mercado de água de coco está em plena expansão, e escolher o lugar certo para investir pode fazer toda a diferença. Segundo os dados mais recentes do IBGE, a liderança nacional na produção de coco-da-baía mudou de endereço: após quatro anos de domínio de Paraipaba (CE), a cidade de Petrolândia, em Pernambuco, assumiu o topo do ranking, com 162 mil toneladas colhidas no último ciclo, contra 155,9 mil toneladas da concorrente cearense.
Esse marco coloca Petrolândia como a melhor cidade para vender água de coco no Brasil, graças ao peso econômico da safra, às tecnologias de irrigação e ao manejo inteligente adotado pelos produtores locais. Somente no último ano, a produção movimentou cerca de R$ 113 milhões, quase o dobro do valor registrado em Paraipaba (R$ 61 milhões).
A virada pernambucana não aconteceu por acaso. Localizada no semiárido nordestino, Petrolândia transformou desafios climáticos em oportunidade ao apostar em:
- Irrigação de precisão, que garante alta produtividade mesmo em períodos de estiagem.
- Variedades adaptadas ao clima local, resistentes e de alto rendimento.
- Integração entre tradição e inovação, unindo agricultores familiares e grandes produtores.
Com isso, a cidade não apenas assumiu a dianteira no volume de coco, mas também fortaleceu a indústria de derivados, como leite, óleo, coco ralado e, principalmente, água de coco, um dos produtos mais rentáveis do setor.
E o Ceará?
Embora tenha perdido a liderança em nível municipal, o Ceará segue como maior produtor estadual, com 588,5 mil toneladas anuais, superando Bahia e Pernambuco. Municípios como Acaraú e Trairi continuam relevantes no mapa do coco e, junto com cidades do RN e do Pará, mantêm a competitividade regional.
A expectativa para os próximos anos é de maior profissionalização da cadeia produtiva, expansão das áreas irrigadas e incremento em tecnologias sustentáveis. Além disso, Paraipaba aposta em exportações de água de coco concentrada e derivados para até dez países, reforçando que o protagonismo cearense no cenário internacional continua forte.