A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou em seu mais recente relatório, divulgado em 13 de outubro, a preocupante escalada da resistência antimicrobiana. Este fenômeno, exacerba-se pelo uso inadequado de antibióticos, compromete tratamentos vitais e potencializa uma nova crise sanitária global. Estima-se que a resistência antimicrobiana esteja ligada a mais de um milhão de mortes por ano.
Com o uso indiscriminado de antibióticos impulsionando a resistência, a situação já afeta milhões mundialmente. No Sudeste Asiático e Oriente Médio, uma a cada três infecções notifica resistência significativa aos tratamentos convencionais. Na África, mais de 70% das infecções da corrente sanguínea apresentam resistência, segundo a OMS.
Emergência silenciosa
O uso extensivo e inadequado de antibióticos na medicina humana, veterinária e na agricultura está acelerando o agravamento da resistência antimicrobiana. Esse problema afeta de forma particularmente severa regiões como o Sudeste Asiático e o Oriente Médio.
No Brasil, cerca de 30% da população consome antibióticos sem prescrição médica, o que agrava ainda mais a situação e compromete a eficácia futura desses medicamentos.
A OMS enfatiza a importância do uso criterioso dos antibióticos, recomendando estritamente orientação médica. Além disso, o órgão sugere a ampliação do acesso a vacinas e diagnósticos de qualidade para mitigar a ameaça pandêmica.
No Brasil, a resistência antimicrobiana coloca o sistema de saúde em alerta, exigindo políticas públicas para reverter o uso indiscriminado dos medicamentos.
A OMS reitera que, sem ações imediatas, os sistemas de saúde enfrentam o risco de retornar a uma era pré-antibiótica, onde infecções comuns poderiam novamente se tornar fatais.




