A partir de 15 de fevereiro, milhões de brasileiros começam a receber um novo pagamento do Abono Salarial PIS/Pasep, benefício concedido pelo Governo Federal a trabalhadores formais. O calendário de pagamentos para o exercício de 2026 foi aprovado nesta terça-feira (16) pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e prevê a liberação de R$ 33,5 bilhões para cerca de 26,9 milhões de pessoas.
O abono salarial é destinado a trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e a servidores públicos (Pasep) que tenham trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias em 2024, com remuneração média mensal de até dois salários mínimos. Também é necessário estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos.
O valor do benefício pode chegar a um salário mínimo, que em 2026 está estimado em R$ 1.621, variando conforme o número de meses trabalhados no ano-base.
Em 2025, o governo pagou R$ 30,7 bilhões a 26,3 milhões de trabalhadores, mas ainda restam 154.180 benefícios não sacados, que somam cerca de R$ 161 milhões. Quem ainda não retirou o valor tem até 29 de dezembro para fazer o saque. Após esse prazo, o dinheiro permanece disponível por até cinco anos, inclusive para dependentes do beneficiário.
Calendário de pagamentos do PIS/Pasep 2026
Os pagamentos serão realizados em sete lotes, de acordo com o mês de nascimento do trabalhador:
- Janeiro: 15 de fevereiro
- Fevereiro: 15 de março
- Março e abril: 15 de abril
- Maio e junho: 15 de maio
- Julho e agosto: 15 de junho
- Setembro e outubro: 15 de julho
- Novembro e dezembro: 15 de agosto
Os valores poderão ser sacados até 29 de dezembro de 2026.
Como consultar o benefício
As consultas sobre valor, data de pagamento e banco responsável estarão disponíveis a partir do dia 5 de fevereiro e poderão ser feitas por meio do:
- Aplicativo Carteira de Trabalho Digital
- Portal Emprega Brasil (gov.br)
- Telefone 158, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
Mudanças no cálculo e no alcance do benefício
A partir de 2026, o valor do abono salarial passará a ser reajustado apenas pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), deixando de acompanhar os ganhos reais do salário mínimo. Além disso, o limite de renda para ter direito ao benefício será reduzido gradualmente até chegar a um salário mínimo e meio, o que deve ocorrer em 2035.
A mudança faz parte da PEC do corte de gastos, aprovada em 2024, e deve reduzir o número de trabalhadores contemplados ao longo dos próximos anos.




