Se você der azar de encontrar com uma cobra coral azul – também conhecida como cobra coral malaia azul – por aí, é melhor não se distrair com as belas cores dessa serpente. Sim, ela é bem bonitinha (para uma cobra), mas também é um serpente extremamente venenosa e letal.
Encontrada no sudeste asiático, em países como Indonésia, Malásia, Tailândia e Singapura, essa cobra tem hábitos fossoriais, o que significa que ela passa a maior parte do tempo enterrada no solo, o que explica porque, mesmo com quase dois metros de comprimento, ela é tão difícil de encontrar.
Outro ponto chamativo nessa serpente é seu veneno, composto principalmente pela molécula caliotoxina. Quando a cobra coral azul morde outra presa, essa toxina atua sobre canais de sódio, desregular sinais elétricos dos nervos e músculos e faz a presa fica paralisada. Em poucos segundos, a presa morre sufocada.
Como a Superinteressante explica, o veneno dessa cobra não parece ser tão potente em humanos quanto nas presas típicas desse réptil. Existem poucos casos de óbito envolvendo acidentes com ela.
Veneno de cobra coral azul pode virar remédio
Em 2016, cientistas australianos descobriram que a caliotoxina atua em receptores ligados à sensação de dor em nós, humanos. De acordo com um estudo publicado na revista Toxin, essa descoberta abriu a possibilidade de usar a molécula para fins terapêuticos.
Não seria a primeira vez que o veneno de uma serpente acaba ajudando a criar um remédio. Estudos do veneno da jararaca, espécie típica aqui do Brasil, ajudaram a criar o Captopril, famoso medicamento para a hipertensão arterial.