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A verdadeira aparência de Jesus pode ser muito diferente do que imaginávamos

Por Pedro Silvini
17/10/2025
Em Geral
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Jesus

(Reprodução/ThinkStock)

Desde o lançamento de A Paixão de Cristo em 2004, a imagem de Jesus como um homem alto, de pele clara, cabelos longos e barba cheia ficou ainda mais enraizada no imaginário popular. Mas, segundo pesquisadores e historiadores, essa representação — repetida por séculos na arte ocidental — está muito distante da realidade.

Com a sequência do filme, A Ressurreição de Cristo, prestes a chegar aos cinemas e trazendo o ator finlandês Jaakko Ohtonen no papel principal, o debate sobre a verdadeira aparência de Jesus voltou a ganhar força.

Os Evangelhos não descrevem fisicamente Jesus em nenhum momento. Nem há registros visuais ou restos mortais que possam oferecer uma referência direta. Isso levou estudiosos e artistas ao longo da história a imaginarem sua aparência — quase sempre moldada pela cultura e pela estética europeia.

No entanto, evidências arqueológicas e estudos forenses indicam que Jesus tinha um aspecto muito diferente do retratado nas pinturas renascentistas. Ele era um judeu da Galileia do século I, nascido em uma região onde hoje fica a Palestina, e provavelmente tinha pele morena, cabelos e barba curtos e encaracolados, segundo a pesquisadora Joan Taylor, professora do King’s College London.

“Ter cabelo e barba longos sinalizava, no judaísmo antigo, que o homem cumpria um voto especial e não bebia vinho. Jesus foi acusado de beber demais — então ele certamente não tinha esse visual”, explica Taylor ao Daily Mail.

Reconstrução da possível aparência de Jesus (Reprodução)

O rosto reconstruído pela ciência

Em 2002, a revista Popular Mechanics publicou um estudo conduzido pelo médico e artista forense Richard Neave, da Universidade de Manchester, que tentou recriar o rosto de Jesus com base em crânios de homens semitas encontrados na região de Jerusalém, datados do mesmo período histórico.

Usando tomografia computadorizada e modelagem 3D, Neave e sua equipe reconstruíram um rosto com traços típicos do Oriente Médio antigo: nariz largo, olhos escuros e cabelo crespo, bem diferente da imagem europeia de um homem de traços suaves e cabelos castanhos lisos.

O resultado mostrava um homem de estatura mediana, robusto e de expressão firme — mais próximo de um trabalhador camponês da Galileia do que de um ícone angelical.

A influência da arte e da cultura

A imagem clássica de Jesus, com túnica branca, manto azul e cabelos longos, surgiu no Império Bizantino, por volta do século IV. Na época, artistas queriam representar Cristo como um rei celestial, e o retrataram inspirado em figuras como Zeus ou Apolo, de aparência nobre e majestosa.

“As representações bizantinas eram simbólicas — falavam mais de poder e divindade do que de realidade histórica”, explica Taylor.

Com o passar dos séculos, essa estética foi mantida e adaptada: na Europa, Jesus passou a ser pintado com traços caucasianos, enquanto em outras partes do mundo ele foi representado como negro, árabe ou hispânico.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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