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Adolescentes odeiam o termo CLT. Entenda o motivo!

Por Pedro Silvini
07/05/2025
Em Geral
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CLT

CLT (Reprodução/CUT)

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943 para proteger os direitos dos trabalhadores brasileiros, completou 82 anos sendo vista com desconfiança — e até repulsa — pelas novas gerações.

Para muitos adolescentes, o regime de trabalho formal virou sinônimo de exploração, rotina opressiva e falta de liberdade, em contraste com a promessa de autonomia e sucesso fácil vendida nas redes sociais.

Essa percepção foi mostrada em um vídeo da influenciadora Fabiana Sobrinho, a Fabi Bubu, onde sua filha de 12 anos revela medo da vida sob a CLT. A menina, como muitos da nova geração, prefere sonhar com a liberdade do empreendedorismo digital, livre de patrões e ônibus lotados.

CLT como sinônimo de fracasso?

Especialistas apontam que esse fenômeno não ocorre apenas por desinformação, mas também por experiências concretas vividas ou observadas. O professor Fernando Cássio, da Universidade de São Paulo (USP), lembra que a precarização do trabalho formal após reformas trabalhistas e o avanço da plataformização criaram um ambiente onde direitos são vistos como ilusórios. Quando o trabalho com carteira não garante dignidade nem segurança, a juventude passa a buscar alternativas – ainda que frágeis e incertas – no empreendedorismo digital e nos chamados “bicos”.

A internet reforça essa narrativa, promovendo uma visão idealizada de sucesso individual baseado em esforço próprio e desvalorizando direitos conquistados historicamente. A historiadora Laura Sabino alerta que muitos jovens desconhecem que benefícios como férias, 13º salário e aposentadoria são fruto de lutas da classe trabalhadora. A narrativa meritocrática difundida pelas redes sociais substituiu o senso de coletividade por promessas de enriquecimento rápido – um caminho percorrido com sucesso por poucos.

Além disso, problemas reais como adoecimento mental, falta de flexibilidade e assédio moral são frequentemente associados ao regime CLT, afastando ainda mais os jovens da ideia de um trabalho formal protegido.

O desafio de recuperar o valor do trabalho formal

Dados do Ministério do Trabalho revelam que, entre jovens de 18 a 24 anos, 36% pediram demissão por causa dos baixos salários e 26% relataram problemas de saúde mental relacionados ao emprego. A falta de flexibilidade e a convivência com chefes autoritários também alimentam o desencanto com o modelo CLT.

O desprezo pela CLT é, em parte, fruto da realidade precária do próprio mercado de trabalho. Para mudar esse cenário, especialistas defendem o fortalecimento da educação crítica, o resgate da história das lutas trabalhistas e a valorização da organização coletiva.

A escola, como aponta Cássio, deve ser um espaço de formação para além da lógica individualista, capaz de mostrar que ter direitos não é um entrave ao sucesso, mas uma garantia de dignidade.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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