O Santander Brasil sofreu um ataque cibernético na tarde desta quinta-feira (4), o que provocou instabilidade em seus serviços digitais. A ofensiva foi um ataque de negação de serviço (DDoS), em que criminosos sobrecarregam sistemas com acessos simultâneos para derrubar ou tornar indisponíveis plataformas on-line.
De acordo com o banco, o problema afetou principalmente as transações de Pix por QR Code, que ficaram temporariamente fora do ar. Apesar da instabilidade, a instituição afirma que nenhum recurso foi desviado e que não houve vazamento de dados de clientes.
“O Santander informa que registrou um volume atípico de acessos a seus sistemas na tarde de hoje, o que provocou uma instabilidade momentânea em transações de Pix por QR code. O banco atuou com sucesso para bloquear os acessos indevidos e reportou o fato às autoridades. Não houve qualquer vazamento de dados ou subtração de valores financeiros”, informou em nota.
O que aconteceu
Segundo apuração do jornal Poder360, o ataque foi realizado por meio de um grande volume de consultas simultâneas em QR Codes de Pix, sobrecarregando a infraestrutura do banco. O tipo de ação é comparado a um “vandalismo digital”, já que busca apenas desestabilizar o sistema, e não necessariamente invadir ou roubar informações.
O episódio difere do caso da Sinqia Digital, registrado em 29 de agosto, quando hackers exploraram credenciais legítimas de fornecedores de TI e desviaram parte de R$ 710 milhões de duas instituições financeiras clientes da empresa.
Contexto
Ataques DDoS estão entre os crimes virtuais mais comuns no mundo. Só no primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou mais de 500 mil ofensivas desse tipo, segundo relatório do setor de cibersegurança.
Na mesma semana, a empresa de infraestrutura Cloudflare anunciou ter bloqueado o maior ataque DDoS já registrado, que chegou a 11,5 terabits por segundo.
E agora?
Os serviços do Santander já voltaram a funcionar normalmente, mas clientes ainda relatam lentidão em algumas operações. O banco afirma que segue monitorando os acessos e cooperando com autoridades.
O Banco Central, procurado pela imprensa, ainda não se manifestou sobre o caso.