O Cartão Nacional de Saúde, conhecido como Cartão do SUS, está de cara nova: a partir de agora, o CPF será o identificador único do documento. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde, promete simplificar o atendimento, aumentar a segurança dos dados e integrar diferentes sistemas do SUS.
O documento passa a exibir nome, CPF, sexo e data de nascimento, substituindo o antigo número do SUS. Não será necessário imprimir o cartão: ele estará disponível em formato digital pelo aplicativo Meu SUS Digital.
A mudança permite que qualquer cidadão acesse com mais facilidade informações como o histórico de vacinação e a lista de medicamentos obtidos pelo programa Farmácia Popular.
Um exemplo prático é a vacinação infantil: bastará a mãe informar o CPF do filho para registrar a dose e visualizar todo o histórico na Caderneta Digital da Criança.
O que acontece com o antigo número do SUS
O número anterior não desaparece: ele passa a ser chamado de Cadastro Nacional de Saúde (CNS) e será apenas um identificador secundário.
Segundo o ministério, o processo de “limpeza” do sistema já começou. Desde julho, 54 milhões de registros sem CPF foram suspensos. A expectativa é de que até abril de 2026, cerca de 111 milhões de cadastros inconsistentes ou duplicados sejam inativados.
E quem não tem CPF?
O governo garante que o atendimento continuará para todos. Em casos de emergência, estrangeiros, indígenas, ribeirinhos, nômades e pessoas em situação de rua poderão ter cadastros temporários, válidos por até um ano.
O que diz o Ministério da Saúde
O ministro Alexandre Padilha chamou a iniciativa de uma “revolução tecnológica no SUS”, destacando que a unificação dos dados vai “eliminar duplicidades, reduzir riscos de erro e garantir maior agilidade no atendimento”.
Atualmente, o CadSUS tem 286,8 milhões de cadastros ativos. A meta é que, após a atualização, o número seja equivalente ao total de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.