Em um comunicado recente, o Banco Central impactou significativamente os investidores brasileiros que possuem contas de poupança na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e outras instituições financeiras.
O anúncio feito em 30 de julho detalha mudanças no cálculo da remuneração da poupança. Estas alterações são especialmente críticas porque influenciam diretamente o rendimento nestas contas.
As mudanças ocorrem em face da crise econômica que afeta a caderneta de poupança, seriamente debilitada pelos saques líquidos nos últimos anos. A remuneração das poupanças é calculada com base na Taxa Referencial (TR) e na Selic, e o novo método será aplicado de acordo com a data de aniversário dos depósitos, o que varia entre as contas.
Este sistema foi ajustado pelo Banco Central para contemplar os requisitos atuais e assegurar a continuidade no financiamento de imóveis no Brasil.
Impacto das reformas na remuneração
A forma de calcular o rendimento dos depósitos em poupança envolve dois componentes: a remuneração básica, atrelada à TR, que atualmente encontra-se próxima de zero, e um adicional.
Este adicional equivale a 0,5% ao mês quando a Selic supera 8,5% ao ano. Caso contrário, vê-se reduzida para 70% da Selic anual.
As contas abertas nos dias 29, 30 e 31 têm o dia 1º do mês seguinte como data de aniversário, influenciando o acúmulo dos rendimentos mensais.
Soluções para o sistema de poupança
O Banco Central está considerando novos parâmetros para fortalecer o sistema de poupança, que têm perdido recursos de forma consistente. Para isso, foram propostas alternativas que possibilitem novos recursos para o crédito imobiliário.
O BC estuda mudanças nas taxas de compulsórios, atualmente em 20%, com o intuito de liberar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para este fim. A meta é apresentar um novo modelo de financiamento que torne os recursos mais acessíveis.