Pesquisadores da Universidade de Pequim sugerem que o núcleo interno da Terra pode ter desacelerado e, possivelmente, invertido sua rotação entre 2008 e 2023. Esses dados foram obtidos através de uma análise extensiva de ondas sísmicas de terremotos repetitivos, indicando um fenômeno cíclico que pode impactar significantemente o campo magnético da Terra.
Em 2009, o núcleo terrestre, que tradicionalmente girava mais rápido que a superfície, começou a desacelerar. As mudanças na sua rotação podem influenciar diretamente o campo magnético terrestre, crucial para a proteção contra a radiação solar e para o funcionamento de sistemas de navegação, como o GPS.
Variações magnéticas
A inversão da rotação do núcleo pode alterar a dinâmica do campo magnético externo, gerado pelo movimento do ferro fundido. Essa mudança é essencial para a integridade de sistemas críticos de comunicação e navegação.
Além de afetar a tecnologia, as oscilações magnéticas também podem impactar migrações animais e atividades sísmicas, devido à interação entre o núcleo e o manto.
Ciclos históricos de rotação
Padrões históricos indicam que o núcleo interno da Terra atravessa ciclos de rotação de aproximadamente 70 anos. O último evento similar registrado ocorreu na década de 1970, reforçando a hipótese de um comportamento cíclico.
O contínuo monitoramento do núcleo interno é necessário. Novos sensores sísmicos estão sendo desenvolvidos para aprimorar a análise desse fenômeno. Pesquisadores esperam que estudos adicionais elucidem a relação entre essas mudanças internas e seus impactos na superfície terrestre.
 
			
 
		


