O uso recreativo de tadalafila entre jovens está gerando preocupação crescente entre autoridades e especialistas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta destacando o aumento significativo do consumo desse medicamento por jovens sem diagnóstico de disfunção erétil.
Este fenômeno inquietante resulta do acesso ao medicamento fora dos canais regulamentados e sua utilização motivada por pressões sociais e inseguranças pessoais.
A Anvisa, ao detectar esse padrão, enfatizou a importância da supervisão médica na prescrição de medicamentos como a tadalafila. A automedicação pode levar não só a riscos potenciais de saúde como infarto e AVC, mas também a dependência psicológica.
Efeitos adversos e riscos associados
Segundo a Anvisa, os riscos de saúde associados ao uso indiscriminado de tadalafila são alarmantes. O medicamento, quando tomado sem prescrição, pode causar efeitos colaterais severos, incluindo infartos, AVCs e arritmias.
Além das complicações físicas, há um risco significativo de desenvolver dependências psicológicas, especialmente entre os jovens. Há um crescente temor de que o uso contínuo leve à disfunção erétil psicogênica, um estado em que o desempenho sexual fica comprometido pelo receio de falhar sem o apoio da droga.
Comercialização irregular
O uso recreativo de tadalafila é, em parte, impulsionado pela disponibilidade de produtos fora das redes farmacêuticas convencionais. Mercados paralelos oferecem o medicamento em formatos não autorizados, como gomas e suplementos, sem garantias de dosagem ou composição.
Esses produtos, muitas vezes falsificados, representam um risco ainda maior para a saúde dos consumidores. A Anvisa recomenda enfaticamente que a tadalafila seja utilizada somente sob prescrição médica após una avaliação clínica detalhada.