A decisão, publicada no Diário Oficial da União, inclui ainda a apreensão de todos os lotes em circulação e a proibição de qualquer tipo de propaganda ou distribuição. Segundo a Anvisa, a medida foi motivada por uma inspeção que constatou que a empresa produzia suplementos em condições insalubres e sem licença sanitária.
Entre os produtos vetados, foram identificados suplementos que continham tadalafila e outros fármacos de uso restrito, como sildenafila e vardenafila. Essas substâncias são aprovadas apenas como medicamentos controlados, vendidos sob prescrição médica, mas não podem constar em suplementos alimentares, gomas ou produtos para uso estético ou esportivo.
“O uso recreativo ou estético dessas substâncias pode causar efeitos graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), hipotensão, perda de visão ou audição, além de dependência psicológica”, destacou a Anvisa em nota.
Tadalafila: uso médico segue liberado
Importante destacar que a proibição não atinge o uso da tadalafila em medicamentos autorizados no Brasil, que seguem disponíveis mediante prescrição médica. O fármaco é amplamente utilizado no tratamento da disfunção erétil e da hipertensão arterial pulmonar, e foi o terceiro medicamento mais vendido no país em 2024, segundo a consultoria Close-Up International.
O alerta da Anvisa se restringe às formulações irregulares — principalmente suplementos e gomas — que circulam sem registro e sem comprovação de segurança.
Recomendações
A Anvisa orienta a população a:
- Não consumir produtos sem registro ou fabricados por empresas não licenciadas;
- Evitar preparações manipuladas sem prescrição médica;
- Denunciar produtos suspeitos por meio do sistema Notivisa.
Já os profissionais de saúde devem avaliar clinicamente os pacientes antes de prescrever substâncias como a tadalafila e monitorar possíveis efeitos adversos.