A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um comunicado importante para mulheres que usam ou pretendem usar o DIU hormonal Mirena. A agência aprovou a ampliação do prazo de uso do dispositivo de cinco para oito anos, conforme atualização publicada no Diário Oficial da União em 30 de junho. A mudança acompanha decisão semelhante adotada pelo FDA (agência reguladora dos EUA) em 2022.
A nova recomendação, no entanto, vale apenas quando o Mirena é utilizado como método contraceptivo. No caso de uso para tratamento de sangramentos menstruais intensos, a indicação continua sendo de até cinco anos.
O Mirena é um dispositivo intrauterino hormonal que libera pequenas quantidades de levonorgestrel diretamente no útero. É seguro, eficaz e de longa duração, sendo usado tanto para evitar a gravidez quanto para tratar condições como endometriose e fluxo menstrual intenso.
Além disso, pode ser indicado como parte da terapia de reposição hormonal durante a menopausa, atuando como fonte de progesterona em conjunto com estrogênio administrado por via oral ou tópica.
Implanon será oferecido de graça pelo SUS
Outra novidade anunciada nesta semana envolve o implante hormonal Implanon, que será oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ainda neste segundo semestre de 2025.
O Implanon é considerado o método contraceptivo mais eficaz disponível atualmente, com índice de falha de apenas 0,5 a cada 1.000 mulheres — desempenho superior até mesmo à vasectomia. Ele é uma pequena haste colocada no braço que libera o hormônio etonogestrel, impedindo a ovulação por até três anos.
Veja a comparação de eficácia entre métodos:
- Implanon (implante hormonal): 0,5 falha a cada 1.000
- Vasectomia: 1 a 1,5 falha a cada 1.000
- DIU hormonal: 2 falhas a cada 1.000
Atualmente disponível apenas na rede privada, com custo entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, o Implanon começará a ser distribuído a 500 mil mulheres inicialmente, com treinamento gradual dos profissionais de saúde responsáveis pela inserção. O investimento total do Ministério da Saúde será de R$ 245 milhões, com previsão de entregar 1,8 milhão de unidades até 2026.