A Apple iniciou nesta sexta-feira (10) as vendas da nova linha de relógios inteligentes no Brasil — os modelos Watch SE 3, Series 11 e Ultra 3. Apesar das novidades em desempenho e design, os relógios chegam ao país sem um dos principais recursos anunciados pela empresa: o monitoramento de sinais de hipertensão.
O recurso, que será lançado nos Estados Unidos e em outros mercados, ainda não foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo o Ministério da Saúde, a funcionalidade está em análise e poderá ser liberada após a conclusão do processo de avaliação regulatória.
A nova ferramenta usa um sensor cardíaco óptico para medir a forma como os vasos sanguíneos do usuário reagem aos batimentos cardíacos ao longo de 30 dias. Com base nessas informações, o relógio pode emitir notificações sobre possíveis sinais de hipertensão crônica ou pressão alta.
De acordo com a Apple, o sistema foi desenvolvido com tecnologia de aprendizado de máquina e calibrado com dados de mais de 100 mil participantes. Um estudo clínico posterior, com 2 mil voluntários, serviu para validar os resultados antes da liberação internacional.
Nos Estados Unidos, o recurso estará disponível nos modelos Apple Watch Series 11 e Ultra 3, e será estendido a versões anteriores, como o Series 9 e o Ultra 2. No Brasil, porém, o uso da ferramenta dependerá da autorização da Anvisa, já que se trata de uma função de caráter médico-preventivo.
O que já está disponível
Mesmo sem o medidor de hipertensão, a nova geração mantém recursos voltados à saúde, como monitoramento do sono, nível de oxigênio no sangue, temperatura corporal e detecção de apneia do sono.
O Ultra 3 traz a maior tela já usada em um smartwatch da Apple, bateria com até 72 horas de duração no modo de baixo consumo e GPS de alta precisão. Já o Series 11 ganhou revestimento em cerâmica, carregamento rápido e autonomia ampliada.