A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou, em 2025, as fiscalizações sobre alimentos e suplementos no Brasil. Como resultado, mais de 100 produtos foram suspensos, proibidos ou recolhidos do mercado, por apresentarem riscos à saúde dos consumidores.
Entre as principais irregularidades estão falsificações, uso de substâncias não autorizadas, contaminações bacterianas, propagandas enganosas e ausência de registro sanitário. Os casos foram identificados em produtos populares, como whey protein, cafés, azeites, polpas de frutas, molhos e temperos.
Produtos mais recentes vetados
Entre os itens já retirados das prateleiras estão:
- Whey Protein Piracanjuba (lote 23224) – contaminado pela bactéria Staphylococcus aureus.
- 100% Full Whey (Fullife Nutrition) – presença de glúten não declarado.
- Toda a linha Power Green – ingredientes proibidos e alegações terapêuticas irregulares.
- Polpa de morango De Marchi (lote 09437-181) – presença de matérias estranhas.
- Molho de alho Qualitá (lote 29) – presença de dióxido de enxofre não informado.
- Canela-da-China Kinino (lote 371LAG2419) – adulterada com amido e substâncias não declaradas.
- Pós para bebida sabor café (Master Blends, Melissa e Pingo Preto) – contaminação por ocratoxina A e rotulagem enganosa.
- Azeites falsificados (como Serrano, Málaga e La Ventosa) – origem e composição desconhecidas.
Suplementos de marcas como Cibos, Ozotonek, Natrol, Now, Puritan’s Pride, KN Nutrition e Status Verde também foram suspensos por irregularidades e falta de registros.
Medicamentos e ingredientes sob investigação
A Anvisa também suspendeu a comercialização de cinco produtos adicionais, entre eles o “Xarope da Vovó”, três itens atribuídos ao Grupo Nutra Nutri (que negou ser o fabricante) e o Curcumyn Long (extrato de cúrcuma longa 95%), produzido pela Akron Pharma.
Segundo a agência, o xarope era vendido sem registro ou autorização, enquanto os suplementos associados ao Grupo Nutra Nutri utilizavam CNPJ e nome da empresa de forma indevida. Já o Curcumyn Long não cumpria especificações previstas em legislação e teve todos os lotes recolhidos preventivamente.
A Akron Pharma informou que a medida é preventiva e que apresentará documentação técnica para comprovar a conformidade do produto.
Fiscalizações continuarão ao longo do ano
Segundo a agência, o recolhimento obrigatório segue em andamento e novas marcas podem ser incluídas à medida que as inspeções avançarem. A Anvisa reforça que consumidores devem verificar o número de registro dos produtos antes da compra e desconfiar de preços muito abaixo do mercado ou promessas de efeitos terapêuticos não comprovados.
Recomenda-se que quem adquiriu produtos vetados interrompa imediatamente o uso, descarte-os de forma segura e solicite substituição ou reembolso nos estabelecimentos onde foram comprados, com base no Código de Defesa do Consumidor.
A lista completa dos itens proibidos está disponível no portal oficial da Anvisa.