Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes ou pods, viraram uma febre mundial nos últimos anos. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe esses produtos desde 2009. No ano passado, a Agência decidiu manter a proibição por unanimidade.
Os vapes podem aumentar o número de dependentes da nicotina, algo comprovado por experiências internacionais, e aumenta muito as chances de você desenvolver câncer. No ano passado, um estudo realizado na Coreia do Sul revelou que pessoas que pararam de fumar o cigarro tradicional e aderiram aos vapes têm maior chance de desenvolver câncer de pulmão do que as que não usam.
“As primeiras evidências sugerem que os vapes pode estar associados a problemas pulmonares, inclusive asma. Além disso, os estudos limitados que temos indicam que a exposição passiva a aerossóis está associada a sintomas e doenças respiratórias”, explicou Ashley Merianos, professora da Universidade de Cincinnati, nos EUA, em entrevista à DW.
Uso de vapes aumenta, mesmo com proibição da Anvisa
Apesar da proibição, o consumo do cigarro eletrônico cresceu muito no Brasil. De acordo a Agência Brasil, nos últimos seis anos, o número de usuários aumentou 600%. São quase três milhões de consumidores, com idade entre 18 e 64 anos.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que um em cada seis jovens entre 13 e 17 anos já experimentou um cigarro eletrônico pelo menos uma vez. Aliás, os mais jovens são a maioria dos usuários. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBG, 70% dos consumidores de vapes do país têm entre 15 e 24 anos.