Em meio a escalada do conflito entre Estados Unidos e Venezuela, a marinha dos EUA tomou uma decisão que chama ainda mais atenção: o envio de seis aeronaves militares para Porto Rico. A ilha no Caribe – que pertence aos EUA – é relativamente próxima ao Norte do Brasil e também à Venezuela. As aeronaves em questão são do modelo EA-18G Growler, da Boeing, usado pela marinha estadunidense.
Forças norte-americanas descreveram esse modelo como uma aeronave de guerra eletrônica “capaz de realizar uma ampla gama de missões de supressão de defesa inimiga”, segundo a CNN Brasil. Consultado pelo veículo, o especialista em defesa e segurança internacional Augusto Teixeira Jr. explicou que o Growler é capaz de “testar defesas, perturbar ou provocar a disrupção de meios de comando e controle e iluminar alvos, especialmente radares e baterias antiaéreas”.
Seis Growlers foram fotografados em uma antiga base naval norte-americana, a Roosevelt Roads, em Ceiba, em Porto Rico, que estava abandona há mais de 20 anos.
Por que os EUA enviaram aeronaves militares para o Caribe?
Para o especialista Augusto Teixeira, esse reforço do arsenal militar é uma demonstração de que os EUA estão fazendo “aproximações sucessivas”, apertando o cerco ao redor da Venezuela sem declararem guerra ou praticarem violência de forma tão aberta. Outro exemplo desse movimento dos EUA foram os dois caças F-18 que foram vistos sobrevoando o Golfo da Venezuela na semana passada.
Procurado pela CNN, o Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM) disse que não detalhava atividades operacionais do país por motivos de segurança.
“A Venezuela está completamente cercada pela maior armada jamais reunida na história da América do Sul. E ela vai apenas ficar maior e o choque sobre eles (Venezuela) será como algo que eles nunca viram antes”, declarou o presidente Donald Trump em postagem na última terça (16).




