A Prefeitura de Pará de Minas, na Região Central de Minas Gerais, interditou quatro pontos de coleta de água — entre poços artesianos, minas e nascentes — após exames laboratoriais realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) constatarem contaminação microbiológica. O laudo apontou a presença de coliformes fecais e da bactéria Escherichia coli, que podem causar doenças gastrointestinais como diarreia e vômitos, além de infecções mais graves.
A medida foi tomada pela Secretaria Municipal de Saúde após um surto de diarreia e outras infecções intestinaisregistrado na cidade nas últimas semanas. De acordo com a pasta, a presença desses microrganismos indica contaminação fecal, tornando a água imprópria para o consumo humano.
Os poços e minas interditados pela prefeitura estão localizados nos seguintes endereços:
- Rua Raquel Ferreira, 299, Bairro Raquel;
- Rua Silvínio Olímpio, 452, entre os bairros São Cristóvão e Santos Dumont;
- Rodovia MG-431, estrada do Bairro Padre Libério.
Em todos os locais, as estruturas de captação, como canos e torneiras, foram removidas, e placas de advertênciaforam instaladas para alertar a população sobre o risco do uso da água.

Riscos e medidas de prevenção
Segundo especialistas, o consumo de água contaminada pode causar hepatites A e E, leptospirose, giardíase, amebíase, febre tifóide e cólera, além de agravar surtos de diarreia infecciosa e gastroenterite, especialmente entre crianças e idosos.
A prefeitura orienta que os moradores não utilizem água de fontes interditadas e deem preferência a água tratada. Caso o abastecimento seja proveniente de poços particulares, recomenda-se fervê-la por pelo menos cinco minutos antes do consumo.
Em caso de sintomas como diarreia, febre, vômitos ou mal-estar, a orientação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
Ações de monitoramento
De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Douglas Duarte, novas análises serão realizadas nos próximos dias. “Assim que a qualidade da água for restabelecida, os moradores poderão voltar a usar as estruturas com segurança”, afirmou.
O secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, reforçou que a medida é preventiva e visa proteger a população. “Pedimos a compreensão dos moradores. A ação tem o objetivo de garantir a segurança e o bem-estar de todos”, declarou em nota.




