O atacante Guilherme, de 30 anos, não deve continuar no Santos em 2026. Após meses de pressão, episódios de violência e ameaça de morte, o jogador se despediu de colegas e funcionários no último domingo (8), na Vila Belmiro, e aguarda apenas a formalização de uma proposta de um clube dos Estados Unidos para definir sua saída.
Guilherme vinha convivendo com críticas desde o início da temporada, mas a situação atingiu um ponto insustentável após a invasão de torcedores organizados ao CT Rei Pelé. Entre os mais de cem presentes, um deles teria dito ao atacante: “Se eu tivesse um revólver, daria um tiro em você”, segundo revelou o setorista Lucas Musetti.
A frase chegou à família do jogador, que passou a pressioná-lo para deixar o clube. Com apoio dos familiares, Guilherme comunicou à diretoria que não tinha mais “condições psicológicas” de seguir. Ele também teria dito que não deseja ser “um peso” ao clube e que a transferência seria “a melhor solução”.

De acordo com o UOL, o atacante tem uma proposta da MLS e pretende aproveitar as férias nos Estados Unidos para encaminhar a mudança definitiva. Ele possui contrato até o fim de 2026, mas a direção santista vê com bons olhos sua venda, que ajudaria a amenizar o déficit previsto de R$ 94 milhões para 2026.
Segundo apuração, a diretoria santista aguarda apenas que o clube estrangeiro formalize a oferta e apresente as garantias financeiras. O nome da equipe é mantido em sigilo.
Pressão, eliminações e apoio de Neymar
Desde a eliminação para o CRB na Copa do Brasil e o desempenho fraco no Paulistão, Guilherme se tornou alvo preferencial da torcida. Para lidar com o desgaste emocional, chegou a buscar ajuda com psicólogos e líderes religiosos.
O atacante também recebeu apoio de Neymar, que conversou diversas vezes com ele para que não desistisse.
O craque teria pedido para que ele permanecesse no clube, afirmando que “o Santos precisava do seu futebol”.
Ainda assim, a ameaça de morte foi decisiva para o fim do ciclo.
Fim de uma passagem marcada por turbulências
Guilherme chegou a cogitar a saída em agosto, mas foi convencido a permanecer. Agora, após o clima insustentável e a própria liberação do clube, o atacante deve deixar o Brasil já nos primeiros meses de 2026.
O Santos, que luta para reorganizar o elenco e o orçamento, enxerga o negócio como uma oportunidade de reforçar o caixa e abrir espaço para novas contratações.




