A Black Friday deste ano chega com uma oferta tentadora para quem deseja fugir do calor: modelos de ar-condicionado com 9.000 e 12.000 BTUs estão sendo vendidos por menos de R$ 2 mil, preços considerados muito abaixo da média — especialmente às vésperas do verão. A queda nos valores faz parte de um movimento mais amplo de estímulo ao consumo em novembro, período que deve render R$ 5,4 bilhões ao comércio, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os números representam um crescimento de 2,4% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. Para a entidade, a desvalorização do dólar, a desaceleração da inflação e a melhora do emprego — com taxa de desemprego de 5,6%, a menor da série histórica do IBGE — ajudam a explicar o potencial de vendas.
Quase todos os modelos em destaque na Black Friday trazem tecnologia inverter, que economiza energia ao manter o compressor sempre em funcionamento, evitando picos de consumo. Para dimensionar corretamente o ar-condicionado ideal, fabricantes recomendam entre 600 e 800 BTUs por metro quadrado, embora fatores como incidência solar e número de pessoas também influenciem.
Entre os produtos ofertados, há opções com selo Procel A, gás ecológico R32 e conectividade wi-fi. Confira alguns dos destaques:
- Philco Hi Wall Inverter (9.000 BTUs) – Ar frio, classificação A, garantia de 10 anos no compressor, função Sleep e possibilidade de conexão wi-fi com kit adicional.
- Agratto Liv Top Inverter (9.000 BTUs) – Ar frio, selo A e uso de gás R32, que garante maior eficiência.
- Springer Midea Airvolution (9.000 BTUs) – Ar frio, selo A, unidade externa compacta, filtragem com íons de prata e controle por app e comandos de voz.
- Elgin Eco Inverter II (12.000 BTUs) – Ar frio, classificação A, filtragem com íons de prata e conectividade wi-fi com integração a assistentes virtuais.
Com descontos médios acima de 5% em 70% das categorias analisadas pela CNC — e índices que ultrapassam 10% em itens como papelaria e livros — a Black Friday de 2024 se consolida como uma das mais competitivas dos últimos anos.
Black Friday ganha força, mas consumidores devem redobrar atenção
A data já é a quinta mais relevante para o comércio brasileiro, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Entre os setores que devem liderar o faturamento estão hiper e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão).
Apesar do otimismo, a CNC alerta que juros altos — com taxa média de 58,3% ao ano no crédito livre — e o endividamento de 30,5% das famílias ainda limitam maior expansão das vendas. Há também o aumento da compra em sites estrangeiros, que pressiona o varejo nacional.
Outra preocupação é o risco de golpes, especialmente em promoções muito agressivas. A Senacon orienta o consumidor a desconfiar de valores irreais, checar a reputação das lojas, priorizar sites seguros, observar políticas de entrega e reembolso e lembrar que compras on-line têm direito a arrependimento em até sete dias.




