Arqueólogos egípcios anunciaram a descoberta de uma cidade copta no Oásis de Kharga, no Deserto Ocidental do Egito. A escavação, coordenada pelo Ministério do Turismo e Antiguidades, traz à luz relíquias que ilustram a transição cultural e religiosa da região dos períodos ptolomaico e romano para um centro do cristianismo primitivo.
A investigação arqueológica utilizou técnicas modernas para localizar e desenterrar o assentamento oculto sob as areias.

Foram identificadas duas igrejas antigas no local, uma delas no estilo basílica, com um salão central ladeado por duas naves, e outra menor, com inscrições coptas nas paredes. Destaca-se ainda um raro mural de Jesus Cristo curando doentes, retrato entendido como uma manifestação consolidada da fé cristã no local.
A descoberta é crucial para entender a transformação espiritual do Oásis de Kharga, que foi um referencial de práticas religiosas ao longo dos séculos. As evidências sugerem uma comunidade vibrante e autossuficiente, onde estruturas como casas de tijolos de barro, túmulos e utensílios de cerâmica indicavam uma vida social complexa e interconectada.
Transformação histórica da cidade
A cidade oferece um testemunho das múltiplas transições religiosas e culturais da área. Originalmente um assentamento politeísta, o local adaptou-se ao cristianismo e posteriormente ao islamismo, como evidenciado pela arquitetura e artefatos desenterrados.
Entre esses achados, estão grandes potes de armazenamento e fornos, essenciais para a vida cotidiana. Os arqueólogos reforçam que o local passou por diferentes fases de ocupação, refletindo uma continuidade cultural que não foi interdita por mudanças religiosas.




