O Pix surgiu como uma alternativa para transações financeiras, facilitando a vida de milhões de brasileiros, que usam o método tanto como pessoa física, como jurídica. Em contrapartida, essa facilitação também dá margem para que uma série de crimes sejam cometidos, causando um aumento significativo de fraudes associadas a esse sistema que tem gerado preocupações. De acordo com os dados revelados pelo Banco Central do Brasil, somente em 2024, foram registrados 4,7 milhões de casos de fraude, resultando em um prejuízo de R$ 6,5 bilhões.
Segundo o levantamento, esses números representam um aumento de 80%, quando comparadas as denúncias em 2023. A partir desse relatório, o BC analisa formas para que o Pix fique ainda mais seguro, além de alertar a população sobre os diversos tipos de golpes que são cometidos por criminosos. No entanto, os esforços da instituição não estão sendo eficazes, pois apenas 7% do valor total movimentado em golpes foi recuperado, o que significa que, cerca de R$ 459 milhões foram devolvidos às vítimas.
Saiba como se proteger de golpes envolvendo Pix
Conforme as pessoas ficam mais engajadas com o método de pagamento, novos golpes surgem no mercado, que conseguem ser efetivos de várias maneiras. Pensando em como combater esses criminosos, em 2021, foi criado o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que fornece apoio às vítimas para que as instituições financeiras bloqueiem recursos em contas suspeitas, mas a eficácia desse sistema ainda enfrenta desafios significativos.
As autoridades analisaram a forma como essas quadrilhas atuam e, por usarem contas laranjas, dificultam o rastreamento dos valores obtidos ilegalmente. Outro desafio é impedir que os criminosos sejam ágeis, pois costumam esvaziar as contas depois que o dinheiro é enviado, por isso o BC não consegue bloquear a tempo. O que órgão aconselha é que, ao perceber alguma movimentação suspeita, denuncia o CPF ou CNPJ para que possam monitorar essas contas.