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Atriz famosa vai congelar filho para tentar ressuscitá-lo

Por Pedro Silvini
06/06/2025
Em Geral
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Clare Mccann

(Reprodução/Getty Images)

A atriz australiana Clare McCann, conhecida por sua atuação na série Blog Party e fundadora do Sydney Women’s International Film Festival, está mobilizando uma campanha urgente para arrecadar US$ 200 mil com o objetivo de criogênicamente preservar o corpo do filho Atreyu, de 13 anos, que tirou a própria vida após sofrer meses de bullying na escola.

Segundo McCann, a decisão de recorrer à criogenia vem de um antigo desejo compartilhado entre ela e o filho, que conversavam sobre a possibilidade de viver em um futuro avançado, onde a ciência teria a capacidade de ressuscitar pessoas.

“Ele dizia que queria poder nadar com golfinhos ou viver em outro planeta. Era um sonho nosso”, contou em entrevista ao portal news.com.au.

Clare revelou que tem menos de 48 horas para iniciar o processo de criopreservação, ou a oportunidade será perdida para sempre. O corpo de Atreyu ainda precisa passar por transporte legal, serviços médicos e procedimentos de preservação, o que justifica a urgência na arrecadação.

Até o momento, a campanha online (GoFundMe) levantou pouco mais de US$ 2.000, muito abaixo do valor necessário. A atriz afirma que todo o dinheiro arrecadado será destinado ao processo criogênico e à criação de um fundo em nome de Atreyu. Qualquer valor excedente será usado em projetos de educação contra o bullying.

Clare McCann e seu filho (Reprodução/GoFundMe)

O bullying que tirou a vida de Atreyu

A morte de Atreyu chocou a comunidade e trouxe à tona a falência do sistema educacional diante de casos graves de bullying. Clare relata que o filho sofreu abusos verbais, racismo, assédio sexual e ameaças físicas desde a primeira semana no ensino médio.

Em um dos episódios mais graves, alunos teriam confeccionado uma arma para forçá-lo a se automutilar, sem que houvesse qualquer punição disciplinar por parte da escola. Mesmo após inúmeros apelos da mãe e denúncias às autoridades, a escola não tomou medidas efetivas, e o sofrimento do garoto se intensificou.

Em abril, Atreyu teria avisado à mãe que cometeria suicídio caso fosse obrigado a voltar para a escola. O alerta foi ignorado pelas autoridades escolares, e a tragédia se concretizou pouco tempo depois.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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