Em 2025, o salário mínimo dos brasileiros passou para R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao ano anterior. Esse reajuste de 7,5% só foi possível por causa de uma nota metodologia. Além de considerar a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a variação do PIB (Produto Interno Bruto), o novo cálculo do salário mínimo também coloca um teto de 2,5% no crescimento do PIB.
“Essa medida foi adotada para controlar o impacto do aumento do salário mínimo nas contas públicas, evitando pressões adicionais sobre o orçamento em um momento de contenção fiscal”, afirma o BM&C News.
“De forma mais simples, há uma política para repor as perdas inflacionárias (reajuste) de um lado, e, de outro, para aumentar efetivamente o valor do salário mínimo (aumento). Em caso de PIB negativo, o salário mínimo é somente ajustado com o índice de inflação”, explicou Nelson Mannrich, professor da Faculdade de Direito da USP e sócio do Mannrich e Vasconcelos Advogados, ao Valor Econômico.
Reajuste do salário mínimo também afeta políticas públicas
O salário mínimo é utilizado como o piso de vários benefícios sociais, também para o pagamento quanto para o cálculo de critérios. O Bolsa Família, os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o Seguro-Desemprego são exemplos de benefícios afetados pelo ajuste do salário mínimo.
Confira a evolução do salário mínimo na última década:
- 2016 – R$ 880,00 – Decreto nº. 8.618/2015;
- 2017 – R$ 937,00 – Decreto nº. 8.948/2016;
- 2018 – R$ 954,00 – Decreto nº. 9.255/2017;
- 2019 – R$ 998,00 – Decreto nº. 9.661/2019;
- 2020 – R$ 1.039,00 – Medida Provisória nº. 916/2019;
- 2020 – R$ 1.045,00 – Lei nº. 14.013/2020;
- 2021 – R$ 1.100,00 – Lei nº. 14.148/2021;
- 2022 – R$ 1.212,00 – Lei nº. 14.358/2022;
- 2023 – R$ 1.320,00 – Lei nº. 14.663/2023;
- 2024 – R$ 1.412,00 – Decreto nº. 11.864/2023;
- 2025 – R$ 1.518,00 – Decreto nº 12.342/2024.