Nesta terça-feira (28), a OMM (Organização Meteorológica Mundial) alertou sobre a chegada do Furacão Melissa à Jamaica. De acordo com a organização, será o pior furacão do século a atingir o país, com ventos acima de 300 km/h atingindo o país caribenho. E o fenômeno meteorológico também deve ser sentido aqui no Brasil.
Como explica o Canal Rural, os impactos mais diretos (e destrutivos) do furacão vão se concentrar no Caribe, onde ele surgiu, mas também devem afetar o clima em boa parte da América do Sul, influenciando países como Brasil, Colômbia e Venezuela. Esse fenômeno vai fortalecer a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), faixa de nuvens que regulam as chuvas no Norte do país.
O resultado é que, nas próximas semanas, os moradores de estados do Norte podem esperar chuvas mais intensas e frequentes. Além disso, o litoral norte também deve ter ventos fortes e ressacas, principalmente áreas mais próximas da foz do Amazonas, que abrange os estados do Amapá e do Pará.
“Enquanto o Caribe enfrenta a força direta do furacão, o norte da América do Sul deve lidar com reflexos indiretos, aumento das tempestades e reforço da umidade na região amazônica”, explicou a equipe do Climatempo ao Canal Rural.
Furacão Melissa foi o mais intenso a atingir a Jamaica neste século
O furacão que atingiu o país ontem (28) é classificado na categoria 5, o nível mais alto da escala Saffir-Simpson. De acordo com a FICV (Federação Internacional da Cruz Vermelha), até 1,5 milhão de pessoas devem ter sido atingidas pela tempestade. Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da OMM, descreveu como uma “situação catastrófica” e a “tempestade do século”. Segundo a revista EXAME, o furacão deixou pelo menos dez mortos, três na Jamaica, três no Haiti, três no Panamá e uma na República Dominicana.




