O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, é uma das principais causas de incapacidade em adultos e uma das emergências médicas mais graves e comuns. De acordo com médicos, cada minuto conta — e identificar os sinais precoces pode ser decisivo para evitar sequelas graves ou até a morte.
Segundo a Sociedade Brasileira de AVC, o Brasil registra entre 232 mil e 344 mil novos casos por ano — quase mil ocorrências por dia, o que equivale a um caso a cada minuto e meio. Apenas entre janeiro e abril de 2024, 18.724 brasileiros morreram por AVC, segundo o Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil.
O AVC ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, seja por um bloqueio (AVC isquêmico) ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Sem oxigênio e nutrientes, as células cerebrais começam a morrer em poucos minutos, provocando perda de movimentos, fala, visão ou consciência.
As principais causas estão relacionadas a pressão alta, aterosclerose, doenças cardíacas (como fibrilação atrial) e problemas de coagulação sanguínea. Fatores como tabagismo, sedentarismo, obesidade, consumo excessivo de álcool e dieta rica em sal e gordura aumentam significativamente o risco.
Embora existam fatores não modificáveis — como idade e histórico familiar —, estima-se que 80% dos casos poderiam ser prevenidos com hábitos saudáveis e controle médico regular.
Os sinais de alerta: como reconhecer um AVC
A rapidez no atendimento é essencial. Para identificar um possível AVC, especialistas recomendam o teste “V.E.L.O.”, que ajuda a reconhecer os sintomas mais comuns:
- V – Visão: visão turva ou perda súbita da visão em um ou ambos os olhos;
- E – Equilíbrio: tontura repentina, perda de coordenação ou dificuldade para andar;
- L – Lábios: boca ou rosto tortos, geralmente de um lado;
- O – Ombro/Braço: fraqueza ou dormência em um dos braços ou pernas.
Outros sinais incluem fala arrastada, confusão mental, dor de cabeça intensa e súbita, e dificuldade para compreender palavras.
Ao perceber qualquer um desses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico imediato. Cada minuto sem socorro reduz as chances de recuperação e aumenta o risco de sequelas permanentes.




