O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (29) em queda, enquanto o principal índice da Bolsa de Valores brasileira registrou alta, impulsionado por sinais mistos no cenário internacional. As incertezas sobre a continuidade da trégua tarifária entre Estados Unidos e China, somadas à expectativa de avanços em negociações bilaterais entre Brasil e EUA, influenciaram diretamente o comportamento dos mercados.
A moeda norte-americana caiu 0,38% e foi negociada a R$ 5,569. Durante a sessão, oscilou perto da estabilidade observada no dia anterior, quando havia fechado em alta de 0,52%, a R$ 5,590. No ponto mais baixo do dia, o dólar comercial chegou a ser vendido a R$ 5,559. O dólar turismo também registrou queda, recuando 0,41% e sendo comercializado a R$ 5,786.
A desvalorização do dólar frente ao real ocorreu em meio a declarações de autoridades norte-americanas que apontam indefinição sobre a continuidade da suspensão mútua de tarifas entre Washington e Pequim. A possibilidade de o governo dos EUA reavaliar os termos do entendimento com a China contribuiu para o fortalecimento do real diante da divisa norte-americana.
Situação do Ibovespa
O Ibovespa, principal indicador da B3, fechou com avanço de 0,45%, aos 132.725 pontos, de acordo com dados preliminares. Apesar do desempenho positivo, o índice ainda não conseguiu recuperar as perdas da véspera, quando recuou 1,04%, encerrando em 132.129 pontos. No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a superar novamente o nível dos 133 mil pontos.
Entre os destaques do pregão, estiveram ações do setor de energia, impulsionadas pela valorização das commodities, com o petróleo registrando alta superior a 3%. Os papéis da Petrobras acompanharam esse movimento e apresentaram desempenho positivo.
A Embraer também esteve entre as maiores altas do dia, refletindo o esforço diplomático do governo brasileiro para evitar a inclusão da empresa na nova rodada de tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.
O foco do mercado segue voltado para a entrada em vigor de um pacote tarifário previsto para esta sexta-feira (1º). O governo norte-americano confirmou que aplicará alíquotas entre 15% e 20% sobre produtos oriundos de países que não firmarem acordos comerciais bilaterais até a data estipulada.