O governo brasileiro está em alerta devido ao impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, conforme anunciado por Donald Trump. A decisão, que visa produtos brasileiros, tem data de vigência marcada para 1º de agosto de 2025.
A medida coloca em xeque o orçamento do Bolsa Família, sendo este um programa social essencial para milhões de brasileiros. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva estuda os ajustes orçamentários necessários para sustentar o benefício diante desse novo cenário.
Ameaças à economia brasileira
O aumento das tarifas pode desestabilizar diversos setores da economia nacional, especialmente o agronegócio. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o setor deve enfrentar perdas significativas, com estimativas que chegam a US$ 5,8 bilhões.
Produtos como suco de laranja e açúcar, tradicionais nas exportações para os EUA, podem se tornar inviáveis devido ao aumento das tarifas.
Além disso, a valorização do dólar é uma consequência esperada, o que pode pressionar o padrão de vida da população. Com o aumento do câmbio, muitos brasileiros podem ser classificados como vivendo em extrema pobreza, segundo parâmetros internacionais. Com isso, a necessidade do Bolsa Família deve aumentar, gerando crescimento do benefício.
Estratégias do governo
Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin lideram os esforços para mitigar os impactos das tarifas. Entre as medidas estudadas, estão negociações diplomáticas com os Estados Unidos para buscar uma solução.
Contudo, até o momento, não houveram respostas positivas. O governo também avalia a criação de fundos de emergência e ajustes em políticas macroeconômicas para oferecer suporte temporário às populações afetadas.
Essas ações, entretanto, podem resultar em aumento do endividamento, especialmente se dependerem de verbas extraordinárias. O cenário pode ser agravado com alta inflação e volatilidade cambial.