Na semana passada, o Rio de Janeiro foi palco de uma megaoperação policial que deixou 121 mortos no Complexo da Penha e do Alemão. A operação contou com a participação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Em reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o governador do estado, Cláudio Castro (PL), apresentou uma série de informações sobre os bastidores da operação, incluindo sobre as tecnologias usadas.
Tecnologia usada pelo BOPE em megaoperação
O BOPE utilizou um drone térmico para localizar os traficantes que se esconderam na mata à noite. O governador explicou a Moraes que os drones enviavam a localização dos alvos para monitores e que foi assim que os agentes encurralaram os “soldados” de Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do Comando Vermelho (CV).
De acordo com a coluna de Malu Gaspar, do O GLOBO, o objetivo da reunião parece ter sido convencer Moraes de que o que aconteceu foi uma guerra, um conflito armado. Organizações não governamentais classificam a operação como um massacre.
Outra informação da reunião que ainda não tinha sido divulgada é que a Polícia Militar do Rio de Janeiro usou um efetivo de 2,5 mil homens acreditando que o “exército” de Doce seria de 500 homens, mas a estimativa foi superdimensionada. Fontes da coluna afirma que, na reunião com Castro, Moraes fez perguntas sobre a perícia dos corpos e afirmou que cobraria obediência às determinações do STF na ADPF das Favelas*.
*Como explica matéria do g1, a ADPF das Favelas é um conjunto de regras aprovadas pelo tribunal sobre como devem ser feitas operações policias em comunidades do Rio de Janeiro, incluindo a obrigação do uso das câmeras corporais em agentes e a obrigatoriedade de perícia para toda morte por intervenção policial.




